Diariamente, um "anónimo amigo" coloca este comentário no Porta-aviões:
"MALÓ DE ABREU É CONTRA A PERMANÊNCIA DE JOSÉ EDUARDO SIMÕES NA CÂMARA DE COIMBRA. CARLOS ENCARNAÇÃO - O PRESIDENTE É A FAVOR E CONFIRMA QUE VAI MANTER JES NO CARGO. MALÓ DE ABREU É CHEFE DA BANCADA SOCIAL DEMOCRATA NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL. MALÓ DE ABREU É COORDENADOR DA CAMPANHA DE ENCARNAÇÃO.
O QUE É QUE MALÓ DEVE FAZER?"
Sendo certo que esta dúvida me assalta permanentemente - o que devo fazer? O que devo fazer? - pensei numa de três hipóteses:
a) Telefono ao JES e marco hora e local para um duelo de florete;
b) Passo-me para o PS e vou coordenar a campanha de Victor Baptista;
c) Substituo Carlos Cidade na bancada socialista e "malho" ainda mais forte do que ele no poder camarário;
Em boa verdade, o que hei-de eu fazer, senão dizer ao "anónimo amigo" que terá uma agradável surpresa, um dia destes, muito mais cedo do que imagina. Mas, esta é a hora de saber esperar e cultivar a virtude da paciência.
Porque, se já não é tão certo que Roma não pagasse a traidores, estou seguro que Roma e Pavia não se fizeram num só dia.
RESPOSTA A COMENTÁRIOS:
1. Cumprirei com lealdade o meu mandato de líder da bancada da maioria até ao fim;
2. A minha posição relativamente à acumulação de cargos por parte de JES é pública e conhecida: discordo frontalmente. Disse-o durante a campanha para a Académica e já o repeti posteriormente;
3. Essa minha posição não tem nada de pessoal contra JES, mas deriva do facto de eu entender que "à mulher de César não basta ser séria..." e que com tal situação perde JE, a Académica e a Câmara. Mas admito que esteja enganado, sendo certo que é muito difícil, para não dizer impossível, convencerem-me do contrário;
4. Posição idêntica à do Presidente da Câmara relativamente a JES e publicamente manifestada durante a campanha eleitoral para a Académica, através do seu próprio exemplo do passado, tem o candidato do PS Dr. Victor Baptista;
5. Uma ou mais divergências pontuais - e quem as não tem? -relativamente ao executivo camarário ou a algum dos seus membros, não me impedem de dizer que globalmente estou solidário com a maioria "Por Coimbra" e confio plenamente no seu trabalho passado e futuro;
6. Ao contrário de outros, não aceitei até agora lugares e não os aceitarei no futuro - para ficarmos definitivamente entendidos e sobretudo para que não haja mal-entendidos;
7. Não vejo onde possa haver incoerência ou mentira no que disse ou digo. Estas são as minhas convicções profundas e muito dificilmente me convencerão do contrário. Lá querer queriam, mas por enquanto sou só eu que "mando" na minha consciência.
Maló de Abreu