Quem gosta de ver animações e ouvir musiquinhas pode clicar aqui.
sexta-feira, dezembro 30, 2005
Isto é que é trabalhar!
Sócrates já mudou 24 administrações
Em menos de um ano de governação, o Executivo já mexeu nas administrações de 24 empresas, reguladores e institutos da área económica. Até 2006, a lista vai aumentar e chegar às 30 com as mudanças já anunciadas nas administrações da EDP e da PT, e previstas em empresas como a TAP, Carris e STCP, cujos órgãos sociais estão em final de mandato.
(in "Jornal de Negócios")
A última crónica
Sampaio e Cavaco
«A ISENÇÃO e a independência do Presidente da República não significam neutralidade, passividade ou alheamento. O Presidente, como entendo o cargo de acordo com a Constituição, tem a obrigação de mobilizar o país, dizer o que pensa sobre as grandes questões, agitar ideias, agir» - a frase poderia ser de Cavaco Silva, para dar contexto e esclarecer a sua «gaffe» sobre a necessidade de uma Secretaria de Estado para minimizar a deslocalização de empresas estrangeiras. «Gaffe» que procurou, depois, desdizer sem dar o dito por não dito, num exercício difícil e pouco conseguido. E que Mário Soares, com o catastrofismo que o caracteriza por estes dias, entendeu serem declarações «demasiado graves» para merecerem apenas um breve comentário, exigindo, porventura, a convocação do Conselho de Estado.
Mas não. A frase não é de Cavaco Silva, mas de Jorge Sampaio, que a recorda no seu recente livro Com os portugueses, onde condensa o seu pensamento político ao longo dos dez anos de Presidência.
E, quando prepara a sua despedida do Palácio de Belém, é justo sublinhar que Jorge Sampaio ajudou o país a ultrapassar, sem dramas nem convulsões políticas, os abandonos do cargo de dois primeiros-ministros consecutivos, António Guterres e Durão Barroso, e a pôr fim ao aventureirismo irresponsável de um outro, efémero mas inesquecível, primeiro-ministro, Santana Lopes. Os portugueses ficarão a dever-lhe o sentido de justiça e o clima de normalidade democrática com que soube superar, em Belém, esses inesperados acidentes político-institucionais.
Jorge Sampaio, como é público nos seus escritos e notório nas decisões do seu segundo mandato, não perfilha a tese que Mário Soares agora advoga, minimalista e redutora dos poderes presidenciais. O Presidente da República não pode limitar-se a ser, como pretende Soares, um corta-fitas, um avô com uma reforma dourada ou uma múmia paralítica.
P.S. - Esta é a última das crónicas que, ao longo de 18 anos e meio, escrevi nesta coluna. Com inteira independência de espírito e a incondicional liberdade de opinião que esteve na matriz do 'Expresso' e o tem caracterizado, entre outras marcas de identidade, como referência do jornalismo português. Aqui se fecha um ciclo. E, como em tudo na vida, abre-se um novo ciclo.
José António Lima
«A ISENÇÃO e a independência do Presidente da República não significam neutralidade, passividade ou alheamento. O Presidente, como entendo o cargo de acordo com a Constituição, tem a obrigação de mobilizar o país, dizer o que pensa sobre as grandes questões, agitar ideias, agir» - a frase poderia ser de Cavaco Silva, para dar contexto e esclarecer a sua «gaffe» sobre a necessidade de uma Secretaria de Estado para minimizar a deslocalização de empresas estrangeiras. «Gaffe» que procurou, depois, desdizer sem dar o dito por não dito, num exercício difícil e pouco conseguido. E que Mário Soares, com o catastrofismo que o caracteriza por estes dias, entendeu serem declarações «demasiado graves» para merecerem apenas um breve comentário, exigindo, porventura, a convocação do Conselho de Estado.
Mas não. A frase não é de Cavaco Silva, mas de Jorge Sampaio, que a recorda no seu recente livro Com os portugueses, onde condensa o seu pensamento político ao longo dos dez anos de Presidência.
E, quando prepara a sua despedida do Palácio de Belém, é justo sublinhar que Jorge Sampaio ajudou o país a ultrapassar, sem dramas nem convulsões políticas, os abandonos do cargo de dois primeiros-ministros consecutivos, António Guterres e Durão Barroso, e a pôr fim ao aventureirismo irresponsável de um outro, efémero mas inesquecível, primeiro-ministro, Santana Lopes. Os portugueses ficarão a dever-lhe o sentido de justiça e o clima de normalidade democrática com que soube superar, em Belém, esses inesperados acidentes político-institucionais.
Jorge Sampaio, como é público nos seus escritos e notório nas decisões do seu segundo mandato, não perfilha a tese que Mário Soares agora advoga, minimalista e redutora dos poderes presidenciais. O Presidente da República não pode limitar-se a ser, como pretende Soares, um corta-fitas, um avô com uma reforma dourada ou uma múmia paralítica.
P.S. - Esta é a última das crónicas que, ao longo de 18 anos e meio, escrevi nesta coluna. Com inteira independência de espírito e a incondicional liberdade de opinião que esteve na matriz do 'Expresso' e o tem caracterizado, entre outras marcas de identidade, como referência do jornalismo português. Aqui se fecha um ciclo. E, como em tudo na vida, abre-se um novo ciclo.
José António Lima
(in "Expresso" de hoje)
quinta-feira, dezembro 29, 2005
Soares é um espanto!
Sabia que Ribeiro e Castro é deputado do Partido Socialista?
Não acredita???
Quem o diz é Mário Soares. Aqui.
Não acredita???
Quem o diz é Mário Soares. Aqui.
Piada de loiras
Pergunta:
Qual é a diferença entre uma loira burra e uma loira inteligente?
Resposta:
A loira burra passa para o caderno o que a professora escreve no quadro, mas quando a professora apaga ela apaga também. A loira inteligente não passa, porque já sabe que a professora vai apagar.
Qual é a diferença entre uma loira burra e uma loira inteligente?
Resposta:
A loira burra passa para o caderno o que a professora escreve no quadro, mas quando a professora apaga ela apaga também. A loira inteligente não passa, porque já sabe que a professora vai apagar.
Pergunta... cultural
Cerca de 60 ilustres personalidades de Coimbra manifestaram-se contra os cortes no orçamento municipal da Cultura. Fizeram-no com estrondo, num documento intitulado (ao que parece) "Saneamento básico da Cultura".
Pergunta-se:
- Alguma dessas personalidades vive numa zona sem saneamento básico?
(É que em Coimbra-capital da Saúde e Coimbra-capital da Cultura ainda há milhares de pessoas que, em pleno século XXI, não têm acesso a um bem tão essencial como o saneamento básico!)
Pergunta-se:
- Alguma dessas personalidades vive numa zona sem saneamento básico?
(É que em Coimbra-capital da Saúde e Coimbra-capital da Cultura ainda há milhares de pessoas que, em pleno século XXI, não têm acesso a um bem tão essencial como o saneamento básico!)
quarta-feira, dezembro 28, 2005
sábado, dezembro 24, 2005
sexta-feira, dezembro 23, 2005
Cavaco vale 5 Soares
Cavaco Silva deverá ser o vencedor, logo na primeira volta, das eleições presidenciais do próximo dia de 22 de Janeiro. De acordo com uma sondagem Correio da Manhã/Aximage, o ex-primeiro-ministro obtém 56,5% das intenções de voto, contra 11,4% conseguidos pelo seu principal adversário, o antigo Presidente da República Mário Soares.
(in "Correio da Manhã")
REFLEXÕES
1. Em comparação com a sondagem anterior (a tal em que Cavaco teve 50,9 mas Soares disse serem apenas 44%), feita há três semanas, Cavaco é o único que sobe. Todos os outros candidatos descem.
2. A sondagem foi realizada depois do debate entre Cavaco e Soares. Como se vê, Mário Soares ganhou o debate televisivo. Como também se prova facilmente que, de cada vez que Louçã, Soares e Companhia atacam Cavaco, o Professor sobe nas intenções de voto.
3. Anda por aí muito pseudo-comentador político que conhece tanto Portugal e os portugueses como eu conheço o Paquistão (onde nunca estive nem quero vir a estar)...
(in "Correio da Manhã")
REFLEXÕES
1. Em comparação com a sondagem anterior (a tal em que Cavaco teve 50,9 mas Soares disse serem apenas 44%), feita há três semanas, Cavaco é o único que sobe. Todos os outros candidatos descem.
2. A sondagem foi realizada depois do debate entre Cavaco e Soares. Como se vê, Mário Soares ganhou o debate televisivo. Como também se prova facilmente que, de cada vez que Louçã, Soares e Companhia atacam Cavaco, o Professor sobe nas intenções de voto.
3. Anda por aí muito pseudo-comentador político que conhece tanto Portugal e os portugueses como eu conheço o Paquistão (onde nunca estive nem quero vir a estar)...
quinta-feira, dezembro 22, 2005
O PROVEDOR DO ELEITOR
PARQUE VERDE DO MONDEGO
Não são só más notícias no Parque Verde do Mondego.
Depois do incêndio criminoso do Urso, então não é que surge a primeira Laranja?
quarta-feira, dezembro 21, 2005
Vox populi
O DEBATE (conclusão)
As pessoas que hoje ouvi sobre o debate de ontem disseram-me praticamente todas o mesmo. A impressão mais forte que o debate lhes deixou foi esta: "Soares portou-se mal".
(Como é óbvio, a expressão que ouvi não foi rigorosamente esta; mas decidi adocicá-la atendendo ao passado do ex-Presidente)
As pessoas que hoje ouvi sobre o debate de ontem disseram-me praticamente todas o mesmo. A impressão mais forte que o debate lhes deixou foi esta: "Soares portou-se mal".
(Como é óbvio, a expressão que ouvi não foi rigorosamente esta; mas decidi adocicá-la atendendo ao passado do ex-Presidente)
Eheheheheheh! (4)
"Moderador e árbitro"?
Ontem à noite caiu a máscara do "moderador e árbitro". Soares portou-se como um candidato radical, incontinente e, em muitos momentos, malcriado e raramente, ou quase nunca, como um ex-chefe de Estado e aspirante credível ao cargo. Apesar da "pose" arrogante e do olhar de permanente comiseração intelectual perante "o camponês de Boliqueime", Soares deu ao país um triste espectáculo acerca daquilo que verdadeiramente o move. Estava tão embrenhado nessa acrobacia puramente agressiva que, no minuto final, onde podia "brilhar", se perdeu ao ponto de acabar ao nível de um cartão de Boas Festas com duas pernas e dois braços.(in grandelojadoquijolimiano.blogspot.com)
Eheheheheheh! (3)
Comentários no "pulodolobo.blogspot.com":
Não concordo.
Pareceu-me mais uma qq segunda volta de uma competição europeia.
Em que na primeira mão Cavaco ganhou por uns esclarecedores 5-0 e na segunda volta limitou-se a gerir essa vantagem concedendo a posso de bola a adversário sem que este, sequer, tenha conseguido criar uma única oportunidade de golo.
Enviado por Anonymous 11:34 AM
Pareceu-me mais uma qq segunda volta de uma competição europeia.
Em que na primeira mão Cavaco ganhou por uns esclarecedores 5-0 e na segunda volta limitou-se a gerir essa vantagem concedendo a posso de bola a adversário sem que este, sequer, tenha conseguido criar uma única oportunidade de golo.
Eheheheheheh! (2)
Péssimo
Deixemo-nos de tretas. Soares esteve muitíssimo pior do que se esperaria, esteve péssimo, oscilando entre o papel de entrevistador género Manuela Moura Guedes e a grosseria pura e simples ("eu sei o que as pessoas me dizem de si..."), sem, perdido, conseguir articular uma ideia consequente, e reactivo até mais não ("Eu também fui professor"). Péssimo. Cavaco fez o que quis. Não se acreditava.
(in pulo-do-lobo.blogspot.com)
(in pulo-do-lobo.blogspot.com)
Eheheheheheh!
Ao ataque!
Hoje de manhã, na papelaria onde compro os jornais, estava à minha frente um cliente indignado a barafustar com um outro cliente ao lado. Queria saber porque é que o outro ia comprar a Scientific American e porque é que estava vestido de azul. O outro lá lhe ia respondendo, cordatamente, que gostava de ler a revista – que tinha um artigo muito interessante sobre a neurobiologia do Eu, matéria que explicou brevemente - e que apreciava supimpamente o azul. “A neurobiologia do Eu não serve para nada! A quem é que o senhor quer enganar?” Enquanto isto, a fila de clientes ia aumentando. “Ele lê a Scientific American!", dizia o cliente irado para o dono da papelaria. “Quer saber porquê? Porque ele – e sublinhava ele - é inculto! Aliás tenho amigos que já me disseram isso dele. Não digo quem para não parecer deselegante.” A coisa continuou, com o cliente agastado interrompendo o outro que pedia ao homem da papelaria um caderno: “Explique lá o que é que é isso de um caderno?” O homem da papelaria estava perplexo, mas arranjou maneira de me atender a mim e aos outros clientes. O que, de resto, foi facilitado pelo homem irritado, que confessou que naquele momento não queria comprar nada: talvez amanhã, se o outro também lá estivesse. Mais: exigiu que o outro amanhã lá estivesse. À saída, toda a gente estava de acordo: o homem da Scientific American estava à defesa, o outro ao ataque. Confesso que não percebi bem: o homem irritado não disse uma única palavra sobre a neurobiologia do Eu, excepto que não servia para nada. Defesa? Ataque?
(in pulo-do-lobo.blogspot.com)
(in pulo-do-lobo.blogspot.com)
Políticos requentados?
Há um blog aqui da terra (ao que parece...) que dedica grande atenção à Política e à política (ao que parece...).
Hoje, demorou nada mais nada menos do que 11h30 (onze horas e meia!) a escrever algo sobre o debate de ontem entre Soares (o negativista) e Cavaco (o positivista).
Claro que o atraso teve consequências na clareza da mensagem - eles até conseguiram ver Soares a destapar Cavaco, quando a verdade é que, ontem como nos últimos tempos, "o rei vai nu".
Há quem diga que o tal blog é da responsabilidade de políticos.
Não sei se é ou se não é.
Mas - ao que parece... - é bem capaz que sejam mesmo políticos, portugueses e dos "bons". Só assim se compreende que tenham demorado meio dia (!!!) a digerir um debate de uma hora.
Hoje, demorou nada mais nada menos do que 11h30 (onze horas e meia!) a escrever algo sobre o debate de ontem entre Soares (o negativista) e Cavaco (o positivista).
Claro que o atraso teve consequências na clareza da mensagem - eles até conseguiram ver Soares a destapar Cavaco, quando a verdade é que, ontem como nos últimos tempos, "o rei vai nu".
Há quem diga que o tal blog é da responsabilidade de políticos.
Não sei se é ou se não é.
Mas - ao que parece... - é bem capaz que sejam mesmo políticos, portugueses e dos "bons". Só assim se compreende que tenham demorado meio dia (!!!) a digerir um debate de uma hora.
A verdade de Soares
Já todos conhecemos Mário Soares. E todos sabemos que o rigor não é uma das suas qualidades.
Hoje, o "Correio da Manhã" vê-se obrigado a publicar a seguinte "Nota da Redacção":
"N.R.: Na última sondagem CM/Aximage, Cavaco Silva tinha 50,9% das intenções de voto e não 44% como disse ontem Mário Soares."
Não são necessárias mais palavras.
Hoje, o "Correio da Manhã" vê-se obrigado a publicar a seguinte "Nota da Redacção":
"N.R.: Na última sondagem CM/Aximage, Cavaco Silva tinha 50,9% das intenções de voto e não 44% como disse ontem Mário Soares."
Não são necessárias mais palavras.
terça-feira, dezembro 20, 2005
O pós-debate
Vou dormir.
Basta olhar para a cara de António José Seguro, na RTP1, para perceber a dimensão da derrota de Mário Soares.
Nem é preciso ouvi-lo; basta ver.
Basta olhar para a cara de António José Seguro, na RTP1, para perceber a dimensão da derrota de Mário Soares.
Nem é preciso ouvi-lo; basta ver.
O debate (5)
Vamos cantar Portugal!
Pátria nossa, és Portugal
Todos juntos venceremos
A promessa de cumprir com Portugal
Vamos cantar “Portugal”!
Pátria nossa, és Portugal
Uma nação bem diferente
E a vontade de ter um mega-presidente!
Pátria nossa, és Portugal
Todos juntos venceremos
A promessa de cumprir com Portugal
Vamos cantar “Portugal”!
Pátria nossa, és Portugal
Uma nação bem diferente
E a vontade de ter um mega-presidente!
O debate (4)
Pronto...
Agora vou voltar para a televisão para ver como é que os soaristas justificam a grandiosa derrota.
Agora vou voltar para a televisão para ver como é que os soaristas justificam a grandiosa derrota.
O debate (3)
Coimbra esteve em plano de evidência no debate.
Soares disse ter sido professor na Universidade de Coimbra.
Cavaco citou Vital e Canotilho. (Ora toma!)
Soares disse ter sido professor na Universidade de Coimbra.
Cavaco citou Vital e Canotilho. (Ora toma!)
O debate (2)
Foi um debate injusto: 58 dos 60 minutos do debate foram de Cavaco Silva!
Cavaco falou de si próprio e das suas ideias.
Soares falou de... Cavaco.
Cavaco falou de si próprio e das suas ideias.
Soares falou de... Cavaco.
O debate (1)
Quem tinha dúvidas deve ter ficado esclarecido: Cavaco Silva vai ser um grande Presidente!
O modelo dos debates
O modelo dos debates televisivos entre os candidatos à eleição presidencial tem suscitado críticas, sempre provenientes da denominada "Esquerda".
Confesso que não compreendo a razão objectiva de tais críticas, já que o formato utilizado é aquele que permite a cada candidato exprimir melhor as suas ideias, de forma civilizada. Como, aliás, acontece um pouco por todo o mundo.
Mas se este modelo de debate é mau, qual o tipo de debate que preconizam aqueles que o criticam? Não sabemos, porque ainda não se viu nenhum dos críticos avançar com uma proposta concreta; apenas afirmam que o modelo escolhido é mau.
Sou levado a pensar que, em vez da troca civilizada de argumentos, prefeririam uma "peixeirada" à moda dos 'reality shows', explorando as emoções e tudo o que há de mais irracional no ser humano.
Seria este o modelo preferido pela "Esquerda"?
A mim - que já nada espanta - não me custa a acreditar que sim, que a "Esquerda" talvez quisesse uma troca de argumentos "à molhada", de preferência com os cinco candidatos ao mesmo tempo em estúdio (para que fossem quatro a "bater" num, o que é uma prova de grande coragem democrática), se possível aos berros e, a culminar, com uma troca de sopapos - ou, pelo menos, com uns encontrões à mistura.
De duas coisas não me restam dúvidas:
1. Trinta anos depois de Abril, ainda há muito a fazer em termos de educação democrática;
2. A Esquerda portuguesa é um "case study" que merece ser analisado com muita atenção.
Confesso que não compreendo a razão objectiva de tais críticas, já que o formato utilizado é aquele que permite a cada candidato exprimir melhor as suas ideias, de forma civilizada. Como, aliás, acontece um pouco por todo o mundo.
Mas se este modelo de debate é mau, qual o tipo de debate que preconizam aqueles que o criticam? Não sabemos, porque ainda não se viu nenhum dos críticos avançar com uma proposta concreta; apenas afirmam que o modelo escolhido é mau.
Sou levado a pensar que, em vez da troca civilizada de argumentos, prefeririam uma "peixeirada" à moda dos 'reality shows', explorando as emoções e tudo o que há de mais irracional no ser humano.
Seria este o modelo preferido pela "Esquerda"?
A mim - que já nada espanta - não me custa a acreditar que sim, que a "Esquerda" talvez quisesse uma troca de argumentos "à molhada", de preferência com os cinco candidatos ao mesmo tempo em estúdio (para que fossem quatro a "bater" num, o que é uma prova de grande coragem democrática), se possível aos berros e, a culminar, com uma troca de sopapos - ou, pelo menos, com uns encontrões à mistura.
De duas coisas não me restam dúvidas:
1. Trinta anos depois de Abril, ainda há muito a fazer em termos de educação democrática;
2. A Esquerda portuguesa é um "case study" que merece ser analisado com muita atenção.
O debate de logo à noite
Haverá truques?
Que truques?
De quem?
(Que tal aproveitar a "Happy Hour" para dissertar sobre este assunto?)
Que truques?
De quem?
(Que tal aproveitar a "Happy Hour" para dissertar sobre este assunto?)
À atenção do Oficial de Manutenção do Porta-aviões, para incluir nas nossas praias:
http://pardalitosdochoupal.blogspot.com/
http://pardalitosdochoupal.blogspot.com/
O PROVEDOR DO ELEITOR
ORA, ORA, QUE NOVIDADE...
Contra o México, Angola e o Irão - quem não sabe que PORTUGAL pode vencer não é bom chefe de família!
Contra o México, Angola e o Irão - quem não sabe que PORTUGAL pode vencer não é bom chefe de família!
Humor do "Piolho"
Aqui está um excelente exemplo da ironia coimbrã.
Parabéns, "Piolho"!
(in "O Piolho da Solum")
segunda-feira, dezembro 19, 2005
Tudo ou nada
1. Na noite de 4 de Dezembro de 1980 morreu Francisco Sá Carneiro. E lembro-me, como se fosse hoje, do choque provocado pela notícia dada na televisão e da posterior comunicação ao país feita por Freitas do Amaral, vice-primeiro-ministro de então no Governo da Aliança Democrática. E de como este tentou, de boa fé e atendendo ao delicado momento politico, aquietar-nos com a versão do acidente em Camarate. Aliás, essa tese de acidente foi praticamente imposta desde o princípio. Durante algum tempo, pouco diga-se de passagem, acreditei, mas hoje estou convencido que Sá Carneiro, Adelino Amaro da Costa e os restantes ocupantes do Cessna foram assassinados.
2. Vinte e cinco anos depois, após tantas versões contraditórias, dezenas de inquéritos e livros, da tragédia sobrevive em mim essa convicção inabalável. O afastamento de investigadores, o autismo perante peritos internacionais, as palavras de Lee Rodrigues ouvidas por várias testemunhas, a nitroglicerina, as partículas de metal, o buraco na fuselagem, as suspeitas da existência de um fundo que serviria o tráfico de armas investigado por Amaro da Costa e um sem-número de factos, situações e depoimentos deveriam impedir que este caso prescrevesse em situação alguma.
3. Sá Carneiro ousou desafiar por dentro a prometida “Primavera Marcelista”, através da ala liberal. Ousou provocar o regime e o intocável Estado Novo. Ao pedir o restabelecimento de liberdades e garantias, a liberdade de expressão e a auto-determinação para os povos das ex-colónias. Renunciou ao mandato em 1973, quando percebeu que estava na Assembleia Nacional de então só para enfeitar. Sá Carneiro foi o pai-fundador do PPD e o seu militante número um. Foi o líder que conduziu o partido à primeira vitória eleitoral. Nos 11 meses em que foi primeiro-ministro contribuiu corajosamente para acabar com o Conselho da Revolução, lucidamente para limpar a Constituição da sua canga comunista, firmemente para enfrentar a reforma agrária e as nacionalizações gonçalvistas.
4. Sá Carneiro era de antes-quebrar-que-torcer. De que o último exemplo em vida é ter hipotecado a permanência como primeiro-ministro à vitória de Soares Carneiro nas eleições presidenciais. Enfrentou sem tibiezas as convenções sociais, morais e religiosas para viver com quem amava. Não se deixava impressionar e não tinha medo. Intuitivo, sabia jogar na antecipação, com sentido táctico e estratégico da política. Tinha pressa, talvez em virtude da sua história clínica recente. A sua fixação na ideia de uma maioria, um governo e um presidente continua a ser hoje incompreendida, mas deveu-se tão só ao pendor claramente presidencialista do general Ramalho Eanes. E as horas do seu último dia são passadas, como toda a sua vida política, numa vertigem contra o tempo.
5. Conheci pessoalmente Sá-Carneiro quando fui eleito presidente da Associação Académica em 1979. Veio a Coimbra, onde falámos a sós e em local recatado, longe de olhares politicamente inconvenientes. Lembro o que me disse: a vitória, pela primeira vez, de uma lista reformista na Academia, depois de luta tão acesa e difícil, era a prova de que o país estava a mudar através das novas gerações e que a sua vitória em eleições legislativas se aproximava. Como aliás se veio a verificar no ano seguinte. Falou-me também de forma crítica de Mota Pinto e do seu Governo de iniciativa presidencial. Reafirmei-lhe a minha admiração pessoal e política, mas não abdiquei de vincar a proximidade afectiva e coimbrã a Mota Pinto. Aliás, os destinos de Mota Pinto e Sá Carneiro são feitos de encontros e desencontros. Mota Pinto ficará ligado ao núcleo fundador e programático do PPD, à liderança do Grupo Parlamentar na sempre recordada Constituinte e à história das duas grandes cisões vividas no PPD. A última reaproximação entre os dois deu-se exactamente como mandatário nacional de Soares Carneiro. Há quem considere que os desencontros se deveram à competição pela liderança, às circunstâncias de origem e percurso de cada um, à forma de viver a política e aos que os rodeavam. Em verdade, eles convergiram finalmente na tragédia da morte que ceifou prematuramente o seu caminho político. Mas antes já haviam convergido no amor a Portugal, na paixão com que se dedicaram à política - mas com “as chaves do carro sempre no bolso” - e ao seu PPD, no arrebatadamente pelas grandes causas e na vontade férrea de antecipar o futuro.
Foram dois homens que fizeram política como eu gosto: jogando no tudo-ou-nada, por convicções.
Maló de Abreu
* Artigo publicado no Diário de Coimbra
2. Vinte e cinco anos depois, após tantas versões contraditórias, dezenas de inquéritos e livros, da tragédia sobrevive em mim essa convicção inabalável. O afastamento de investigadores, o autismo perante peritos internacionais, as palavras de Lee Rodrigues ouvidas por várias testemunhas, a nitroglicerina, as partículas de metal, o buraco na fuselagem, as suspeitas da existência de um fundo que serviria o tráfico de armas investigado por Amaro da Costa e um sem-número de factos, situações e depoimentos deveriam impedir que este caso prescrevesse em situação alguma.
3. Sá Carneiro ousou desafiar por dentro a prometida “Primavera Marcelista”, através da ala liberal. Ousou provocar o regime e o intocável Estado Novo. Ao pedir o restabelecimento de liberdades e garantias, a liberdade de expressão e a auto-determinação para os povos das ex-colónias. Renunciou ao mandato em 1973, quando percebeu que estava na Assembleia Nacional de então só para enfeitar. Sá Carneiro foi o pai-fundador do PPD e o seu militante número um. Foi o líder que conduziu o partido à primeira vitória eleitoral. Nos 11 meses em que foi primeiro-ministro contribuiu corajosamente para acabar com o Conselho da Revolução, lucidamente para limpar a Constituição da sua canga comunista, firmemente para enfrentar a reforma agrária e as nacionalizações gonçalvistas.
4. Sá Carneiro era de antes-quebrar-que-torcer. De que o último exemplo em vida é ter hipotecado a permanência como primeiro-ministro à vitória de Soares Carneiro nas eleições presidenciais. Enfrentou sem tibiezas as convenções sociais, morais e religiosas para viver com quem amava. Não se deixava impressionar e não tinha medo. Intuitivo, sabia jogar na antecipação, com sentido táctico e estratégico da política. Tinha pressa, talvez em virtude da sua história clínica recente. A sua fixação na ideia de uma maioria, um governo e um presidente continua a ser hoje incompreendida, mas deveu-se tão só ao pendor claramente presidencialista do general Ramalho Eanes. E as horas do seu último dia são passadas, como toda a sua vida política, numa vertigem contra o tempo.
5. Conheci pessoalmente Sá-Carneiro quando fui eleito presidente da Associação Académica em 1979. Veio a Coimbra, onde falámos a sós e em local recatado, longe de olhares politicamente inconvenientes. Lembro o que me disse: a vitória, pela primeira vez, de uma lista reformista na Academia, depois de luta tão acesa e difícil, era a prova de que o país estava a mudar através das novas gerações e que a sua vitória em eleições legislativas se aproximava. Como aliás se veio a verificar no ano seguinte. Falou-me também de forma crítica de Mota Pinto e do seu Governo de iniciativa presidencial. Reafirmei-lhe a minha admiração pessoal e política, mas não abdiquei de vincar a proximidade afectiva e coimbrã a Mota Pinto. Aliás, os destinos de Mota Pinto e Sá Carneiro são feitos de encontros e desencontros. Mota Pinto ficará ligado ao núcleo fundador e programático do PPD, à liderança do Grupo Parlamentar na sempre recordada Constituinte e à história das duas grandes cisões vividas no PPD. A última reaproximação entre os dois deu-se exactamente como mandatário nacional de Soares Carneiro. Há quem considere que os desencontros se deveram à competição pela liderança, às circunstâncias de origem e percurso de cada um, à forma de viver a política e aos que os rodeavam. Em verdade, eles convergiram finalmente na tragédia da morte que ceifou prematuramente o seu caminho político. Mas antes já haviam convergido no amor a Portugal, na paixão com que se dedicaram à política - mas com “as chaves do carro sempre no bolso” - e ao seu PPD, no arrebatadamente pelas grandes causas e na vontade férrea de antecipar o futuro.
Foram dois homens que fizeram política como eu gosto: jogando no tudo-ou-nada, por convicções.
Maló de Abreu
* Artigo publicado no Diário de Coimbra
São sondagens, senhores!
(clique nas imagens para ver melhor)
Razão tem o Prof. Cavaco Silva: não se compreende tanto nervosismo dos outros candidatos, porque afinal trata-se apenas de sondagens.
O acto eleitoral está marcado para 22 de Janeiro.
sábado, dezembro 17, 2005
Novo bloqueio na CMC
As emissões da igreja Maná, via net, acabam de ser proibidas na Câmara de Coimbra, soube hoje o Porta Aviões em colaboração com o "Inimigo Público". O Bispo de Coimbra, D. Albino Cleto, intercedeu junto de Carlos Encarnação para que este proibisse que se vissem estas emissões nos computadores da Câmara. Desde as últimas eleições autárquicas que as emissões daquela igreja eram vistas regularmente na CMC.
O Presidente da Câmara, após ter verificado que um dos seus novos vereadores não andava a fazer aquilo que lhe competia, andando a prejudicar o trabalho do executivo, o que se veio a refletir, desde logo, no orçamento camarário do próximo ano com os aumentos da água e dos transportes, descobriu que este mesmo vereador andava a seguir afincadamente estas emissões. Fonte próxima do Presidente garantiu, a esta parceria entre o "Inimigo Público" e o Porta Aviões, que foi por isto que fez este aceder áquele pedido, proibindo o acesso às emissões daquela igreja na CMC.
O Presidente da Câmara, após ter verificado que um dos seus novos vereadores não andava a fazer aquilo que lhe competia, andando a prejudicar o trabalho do executivo, o que se veio a refletir, desde logo, no orçamento camarário do próximo ano com os aumentos da água e dos transportes, descobriu que este mesmo vereador andava a seguir afincadamente estas emissões. Fonte próxima do Presidente garantiu, a esta parceria entre o "Inimigo Público" e o Porta Aviões, que foi por isto que fez este aceder áquele pedido, proibindo o acesso às emissões daquela igreja na CMC.
sexta-feira, dezembro 16, 2005
Porque hoje é sexta... (ANEDOTA)
Um médico encontra uma médica num congresso.
Após a palestra saem juntos e resolvem jantar. Depois vão para um hotel e resolvem ficar hospedados ali mesmo. No quarto prosseguem com as carícias, beijos, exame físico completo e...
Após a relação a doutora vai para o quarto de banho e começa a lavar-se: esfrega cada falange, metacarpo, antebraço umas 50 vezes. Do leito, o doutor observa e diz:
- Já sei qual sua especialidade!
A médica pergunta:
- Qual é?
- Você é cirurgiã!
- Muito bem, como é que descobriu?
- Pelo modo como se lava.
- Também descobri a sua especialidade, disse ela.
O médico, assustado, responde:
- Impossível! Não me levantei da cama, nem me lavei!
- Você é anestesista!
Surpreso, o médico pergunta:
- Como é que descobriu?
- Foi fácil! Eu não senti nada durante a relação...
Após a palestra saem juntos e resolvem jantar. Depois vão para um hotel e resolvem ficar hospedados ali mesmo. No quarto prosseguem com as carícias, beijos, exame físico completo e...
Após a relação a doutora vai para o quarto de banho e começa a lavar-se: esfrega cada falange, metacarpo, antebraço umas 50 vezes. Do leito, o doutor observa e diz:
- Já sei qual sua especialidade!
A médica pergunta:
- Qual é?
- Você é cirurgiã!
- Muito bem, como é que descobriu?
- Pelo modo como se lava.
- Também descobri a sua especialidade, disse ela.
O médico, assustado, responde:
- Impossível! Não me levantei da cama, nem me lavei!
- Você é anestesista!
Surpreso, o médico pergunta:
- Como é que descobriu?
- Foi fácil! Eu não senti nada durante a relação...
Voz do Povo
"Defronte da República Rás-Te-Parta, uma idosa abordou o candidato [Manuel Alegre] com visível desembaraço. “Este é que é dos nossos. Mais vale este a dormir do que o ‘outro’ acordado. Ele já tem o papo cheio”, afirmou ao candidato, que sorriu, sem comentar. “Mas quem é o ‘outro’?”, perguntou um jornalista. “É o Mário Soares!”, esclareceu prontamente a mulher.
(in "As Beiras")
(in "As Beiras")
Gosto dele!
A vida é assim: acabamos por gostar daqueles de quem nos sentimos mais próximos, dos que têm praticamente a mesma maneira de ser.
Por isso é que gosto dele.
Finalmente, vejo um líder como eu poderia ter sido, se não tivesse escolhido esta vida de marinhagem.
Tal como ele, eu também sou capaz de falar sobre tudo, durante uma hora ou mais; aliás, durante o tempo que for preciso.
Também falo do Iraque e do aborto, das mulheres e da economia, tenho opinião sobre todos os políticos e também me acho único, diferente. Falo sobre a situação de Portugal no mundo e tenho uma visão europeísta, entre outras visões. E sobre a Ota e o TGV, a água e o vento, o sol e o mar. O Benfica e o Sporting. Falo sobre tudo, durante o tempo que for necessário.
Por isso é que gosto dele.
Finalmente, vejo um líder como eu poderia ter sido, se não tivesse escolhido esta vida de marinhagem.
Tal como ele, eu também sou capaz de falar sobre tudo, durante uma hora ou mais; aliás, durante o tempo que for preciso.
Também falo do Iraque e do aborto, das mulheres e da economia, tenho opinião sobre todos os políticos e também me acho único, diferente. Falo sobre a situação de Portugal no mundo e tenho uma visão europeísta, entre outras visões. E sobre a Ota e o TGV, a água e o vento, o sol e o mar. O Benfica e o Sporting. Falo sobre tudo, durante o tempo que for necessário.
Pois, pois, pois...
(in blog Margens de Erro)
Como andam para aí muitos soaristas desesperados, aqui fica mais uma questão para ajudar às noites de insónia...
A crónica do Ricardo (ai Ricardo...)
Ricardo Castanheira, um jovem promissor quadro socialista, não resisitiu à tentação e, hoje, na crónica semanal no "Diário As Beiras", toca de oferecer livros a personalidades políticas, à laia de prendas de Natal.
A ideia até nem seria má se... o seu correlegionário José Lello já não fizesse o mesmo, nesta quadra, há muitos e muitos anos.
SUGESTÃO: Um jovem deve ter ideias próprias, ideias diferentes. E fica mal copiar os mais velhos numa coisa tão evidente, não achas? Vamos lá, Ricardo, pensa numa coisa nova, numa coisa diferente, tá bem?...
A ideia até nem seria má se... o seu correlegionário José Lello já não fizesse o mesmo, nesta quadra, há muitos e muitos anos.
SUGESTÃO: Um jovem deve ter ideias próprias, ideias diferentes. E fica mal copiar os mais velhos numa coisa tão evidente, não achas? Vamos lá, Ricardo, pensa numa coisa nova, numa coisa diferente, tá bem?...
No tempo de Cavaco é que era bom
Portugal garante 21,3 mil milhões
Portugal irá receber um total de 21,3 mil milhões de euros no âmbito dos fundos comunitários de coesão entre 2007 e 2013. Contas feitas são 8,3 milhões de euros por dia que entrarão nos cofres de Lisboa mesmo que não haja acordo nesta Cimeira, porque as verbas acordadas numa negociação não são diminuídas. A garantia foi dada por fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
(in "Correio da Manhã")
COMENTÁRIO: Quando Cavaco Silva era primeiro-ministro, Portugal recebia 5 milhões de euros por dia e o país andava para a frente... Hoje recebe quase o dobro e anda para trás!
Portugal irá receber um total de 21,3 mil milhões de euros no âmbito dos fundos comunitários de coesão entre 2007 e 2013. Contas feitas são 8,3 milhões de euros por dia que entrarão nos cofres de Lisboa mesmo que não haja acordo nesta Cimeira, porque as verbas acordadas numa negociação não são diminuídas. A garantia foi dada por fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
(in "Correio da Manhã")
COMENTÁRIO: Quando Cavaco Silva era primeiro-ministro, Portugal recebia 5 milhões de euros por dia e o país andava para a frente... Hoje recebe quase o dobro e anda para trás!
quarta-feira, dezembro 14, 2005
Goleada!!!
O resultado do debate presidencial desta noite é esclarecedor: Soares, 1 - Alegre, 7.
Foi goleada!
Mário Soares mostrou o seu lado queixinhas: queixou-se de Alegre ser candidato sem o apoio do PS, queixou-se de Cavaco só falar de economia e - entre outras queixas - até se queixou (pasme-se!) do relógio da TVI.
O momento decisivo surgiu quando Soares acusou Alegre de não atacar Cavaco. Fulminante, Alegre afirmou nunca ter convidado Cavaco para ir a Cortes, nunca o ter convidado para visitar exposições e nunca ter dito que ele tinha sido um excelente primeiro-ministro.
De-mo-li-dor!
(PS - Entre os notáveis que surgem ao lado de Soares não há um, um sequer, que o aconselhe a fazer aquilo que ele deve fazer o mais rapidamente possível: vestir o roupão e calçar as pantufas? É que o saldo da campanha soarista começa a ser dramático... A continuarem as coisas assim, o debate entre Cavaco e Soares já tem vencedor antecipado: o ex-primeiro-ministro. Se Cavaco se posicionar como fez frente a Jerónimo - com à-vontade, com ironia e até com um ou outro sorriso - então o Professor... vai arrasar!)
Foi goleada!
Mário Soares mostrou o seu lado queixinhas: queixou-se de Alegre ser candidato sem o apoio do PS, queixou-se de Cavaco só falar de economia e - entre outras queixas - até se queixou (pasme-se!) do relógio da TVI.
O momento decisivo surgiu quando Soares acusou Alegre de não atacar Cavaco. Fulminante, Alegre afirmou nunca ter convidado Cavaco para ir a Cortes, nunca o ter convidado para visitar exposições e nunca ter dito que ele tinha sido um excelente primeiro-ministro.
De-mo-li-dor!
(PS - Entre os notáveis que surgem ao lado de Soares não há um, um sequer, que o aconselhe a fazer aquilo que ele deve fazer o mais rapidamente possível: vestir o roupão e calçar as pantufas? É que o saldo da campanha soarista começa a ser dramático... A continuarem as coisas assim, o debate entre Cavaco e Soares já tem vencedor antecipado: o ex-primeiro-ministro. Se Cavaco se posicionar como fez frente a Jerónimo - com à-vontade, com ironia e até com um ou outro sorriso - então o Professor... vai arrasar!)
Ó Velho do Restelo, diga lá...
... quando refere os carros da Câmara, está a referir-se a:
- Às viaturas do Serviço de Higiene?
- Às camionetas do Serviço de Obras?
- Aos autocarros dos SMTUC?
- Aos automóveis ao serviço dos senhores autarcas?
Desculpem outra perguntazita...
Em termos de serviço camarário, notava-se muito que esse grupo de assalariados não fazia mais nada do que ver blogues?
E agora, nota-se que a produtividade camarária aumentou desde que esse grupo de assalariados deixou de ver blogues?
(Nota de rodapé: Cuidado, cuidado! Lá diz o poeta que "não há machado que corte / a raiz ao pensamento". E não há mesmo...)
E agora, nota-se que a produtividade camarária aumentou desde que esse grupo de assalariados deixou de ver blogues?
(Nota de rodapé: Cuidado, cuidado! Lá diz o poeta que "não há machado que corte / a raiz ao pensamento". E não há mesmo...)
Desculpem a perguntazita...
Se... Marcelo Nuno justificou a medida pela existência de um grupo de assalariados que "não fazia mais nada do que andar todo o dia a ver blogues" (como está escrito no jornal)... o que é que esse grupo de assalariados faz agora, uma vez que não podem ver blogues?
As coisas de que eu me lembro enquanto estou no trânsito
"Se os computadores da Câmara são para uso exclusivamente profissional", os carros também serão?
terça-feira, dezembro 13, 2005
E o Pirata Sou Eu?
Luta política na Região Centro transfere-se para a "blogosfera"
Aníbal Rodrigues e Rui Baptista
"O Público"
- A NOTÍCIA INTEGRAL -
Aníbal Rodrigues e Rui Baptista
"O Público"
- A NOTÍCIA INTEGRAL -
É a nova moda em todo o lado, e o Centro não foge à regra. Os blogues políticos surgem como cogumelos, muitos deles alimentados por políticos activos. A tradicional disputa política e partidária já chegou ao ciberespaço.
Até ao passado dia 9 de Outubro, Pedro Silva era vereador da Câmara Municipal de Aveiro com o pelouro da Cultura e preparava-se para exercer o cargo durante mais quatro anos. Mas a inesperada vitória da coligação Juntos por Aveiro (PSD/CDS-PP) nas eleições autárquicas baralhou-lhe os planos. Com o socialista Alberto Souto à frente da autarquia, Pedro Silva era vereador a tempo inteiro; com o independente Élio Maia ao leme, passou à condição de "vereador indiferenciado da oposição". Insatisfeito, Silva decidiu abrir um blogue para dizer o que lhe ia na alma. Baptizou-o com o mote da campanha do PS (http://melhoraveiro.blogspot.com) e publicou dois textos sobre a nova política cultural do município. As audiências eram mínimas, até ao dia em que o vereador se lembrou de publicar a ordem de trabalhos e as actas das reuniões do executivo municipal. De um momento para o outro, o seu blogue deu um pulo na tabela das audiências, tornando-se um dos mais consultados do concelho. E o presidente da câmara, Élio Maia, sentiu-se até na necessidade de vir a público acusar o vereador de deslealdade por não ter pedido autorização para divulgar os documentos. Mas em vez de o criticar numa reunião do executivo, como seria normal, preferiu atacar Pedro Silva noutro blogue, que leva o seu próprio nome: http://eliomaia.blogspot.com.
O episódio é revelador da importância cada vez maior que os blogues têm na luta política. E a tendência não se faz sentir apenas em Aveiro. Em Coimbra, por exemplo, a câmara municipal liderada por Carlos Encarnação tomou a decisão inédita de bloquear o acesso dos funcionários a blogues. Em Viseu, Fernando Ruas chegou a ameaçar processar um cibernauta. Todos os dias surgem novos blogues focados nas questões políticas. Uns são mantidos por cidadãos anónimos, outros por políticos no activo. Uns levam as coisas a sério, outros a brincar. E alguns até já foram responsáveis pelo desencadear de algumas crises políticas, como a que levou Carlos Encarnação a dispensar uma vereadora no anterior mandato.
Instado a comentar a decisão, o vereador do PS Victor Baptista registou "de bom grado" a decisão. "Os funcionários da autarquia estão lá para trabalhar, não é para ver blogues", acrescentou. O também líder da distrital do PS de Coimbra tem uma má opinião acerca destes fóruns na Internet. "As pessoas não se assumem e dizem as maiores barbaridades e as maiores asneiras." Inclusive, Victor Baptista garante que foi "vítima durante meses dos blogues", no período que antecedeu a sua candidatura à presidência da autarquia de Coimbra e já durante a campanha. E, mesmo admitindo que há blogues respeitáveis, o socialista reconhece que "também é difícil distinguir os bons dos maus" e, nesse sentido, reafirma o seu apoio à decisão de Marcelo Nuno.
Já Gouveia Monteiro, eleito pela CDU, prefere uma abordagem mais cautelosa. "Sou um bocado avesso a governar por despachos e ordens de serviço", começa por dizer. Pela sua experiência como vereador da Habitação, iniciada no anterior mandato e mantida neste, Gouveia Monteiro defende que "as câmaras devem ser estruturadas por unidades de serviço que sejam avaliadas pelo seu desempenho - é a melhor forma de motivar os funcionários". Contudo, apesar de defender o diálogo e a aposta na motivação dos colaboradores, por oposição às proibições, o comunista salvaguarda: "Não estou em desacordo com medidas para acabar com baldas onde elas existam".
Raul Martins concorda. "Há grande apetência pelos blogues, porque são espaços de opinião livre. Mas é preciso ter muito cuidado com o que se encontra lá, porque os blogues não são órgãos de informação", previne. Mas confessa ter "grande gozo" em dispor de um meio que lhe permite tornar pública a sua opinião sobre a actividade da câmara de maneira quase instantânea. Também Jorge Ferreira, candidato a deputado pelo PND em Aveiro, mantém uma ligação diária ao distrito com o blogue http://tomarpartido.blogspot.com. No outro extremo do espectro político, Arsélio Martins mantém um dos mais antigos e interessantes blogues do concelho, denominado O lado esquerdo (http://aveiro.blogspot.com). A pouco e pouco, os blogues vão ganhando o seu espaço. Afinal, como resume Raul Martins, "são um espaço de liberdade". Com poucas regras mas muita iniciativa.
O debate político sobre Coimbra na blogosfera ainda se confunde muito com a insinuação e acusação anónimas. Mas há excepções e promessas de mudança.
Líder da bancada social-democrata na assembleia municipal, ex-presidente da concelhia do PSD e candidato derrotado nas últimas eleições para a presidência da Associação Académica de Coimbra/Organismo Autónomo de Futebol, Maló de Abreu anuncia que, a 9 de Janeiro, o blogue Porta-Aviões (htpp://portaavioes.blogspot.com) vai dar origem a um novo blogue, "radicalmente diferente", animado por "dez ou 11 pessoas de vários quadrantes" que se identificarão perante os leitores. "Algumas até me disseram que isso era condição para participarem", diz Maló de Abreu.
O deputado municipal é a figura de proa do Porta-Aviões, o blogue criado há cerca de um ano que já ultrapassou as 157 mil visitas. "Começou por ser uma brincadeira de amigos que surgiu à mesa, num jantar", conta Maló de Abreu, para quem o blogue se revelou "um sucesso" imprevisto: "E, apesar de os comentários terem sido fechados, o número de visitantes não diminuiu", sublinha o deputado municipal do PSD que foi o director de campanha da recandidatura de Carlos Encarnação à presidência da câmara. Maló explica que, em Setembro, na véspera das autárquicas, o blogue passou por "um período conturbado" - com posts insultuosos, inclusivamente - que culminou na decisão de retirar aos visitantes a possibilidade de ali deixarem mensagens.
Autor e colaborador de outros blogues, Maló de Abreu afirma que o Porta-Aviões foi criado para "colmatar a ausência de debate político nos jornais" e funcionar como "espaço de denúncia". Numa altura em que ele próprio já deixou de assinar os textos como "Almirante", Maló de Abreu não revela a identidade dos fundadores do Porta-Aviões: "Apesar da conotação com o PSD, há gente de outras sensibilidades, um pouco mais à esquerda e mais à direita. Havia um do CDS que teve que sair. Mas é tudo gente conhecida", limita-se a dizer. Admite que alguns dos actuais colaboradores do Porta-Aviões venham a assumir a identidade: "Mas estas coisas deixam um rasto. Só se for aqueles que nunca puseram lá nada de picante", ressalva.
Apesar de estar logicamente conotado com o PSD, o Porta-Aviões também tem servido para destilar ódios entre facções da concelhia social-democrata. A actual direcção da AAC/OAF também não é poupada. A circunstância de o presidente do clube ser o director municipal de Urbanismo da autarquia inspirou vários posts ao longo dos últimos meses. E continuou, mesmo depois de José Eduardo Simões, o presidente da AAC/OAF, ter anunciado que deixaria as funções municipais no final do ano. O atraso na obra do Jardim de Montes Claros e o facto de o autor do projecto ser a mesma instituição, a Universidade Vasco da Gama, que ofereeu um autocarro à Académica, é o tema de um dos textos mais recentes.
Outro tema local no Porta-Aviões, onde as eleições presidenciais são por estes dias o assunto recorrente, é a petição para a incorporação, na Polícia Municipal, do guarda Raul, o agente da PSP conhecido em Coimbra pela alcunha "O Eléctrico", que acaba de anunciar a passagem à reforma. Outro blogue fundado em Coimbra para discutir os temas políticos é o Ponte Europa (http://ponteeuropa.blogspot.com), dinamizado pelo professor aposentado Carlos Esperança. O próprio nome do blogue é um estatuto editorial: "É uma tomada de posição a favor da manutenção do nome de uma ponte que a falta de dignidade civica e o proselitismo beato do senhor presidente da câmara fizeram mudar para Ponte Rainha Santa Isabel", assume Carlos Esperança, que se apresenta como um homem da "esquerda moderada", simpatizante, "mas não filiado", do PS. No Ponte Europa, com 34.700 visitas desde Fevereiro passado, todos os autores estão identificados. Mas a verdade é que há muito não aparecem. Pediram a Carlos Esperança para tomar conta da casa e abalaram.
Um dos assuntos polémicos, envolvendo protagonistas locais, que foram abordados pelo Ponte Europa teve a ver com o bispo de Coimbra, D. Albino Cleto, que há cerca de duas semanas apelou aos fiéis para resistirem à intenção do Governo de retirar os crucifixos das escolas: "Não vamos deixar, pois seria cobardia nossa e traição a Deus guardá-los em casa", citou o diário As Beiras. Carlos Esperança, que também anima o blogue Diário Ateísta, escreveu que, "do mesmo modo que o Estado renuncia a colocar a bandeira, o busto da República ou a foto do Presidente nos templos, também as Igrejas devem abster-se de colocar os seus símbolos nos edifícios públicos". Carlos Esperança tem outras posições controversas, como a defesa da co-incineração de resíduos industriais perigosos, que inspiram posts inflamados.
De qualquer forma, o Ponte Europa vive sobretudo dos temas da política nacional: "Não me sinto muito à vontade para falar de assuntos do município".
Nascido a 8 de Dezembro, A caminho de Viseu (acaminhodeviseu.blogspot.com) é o mais novo dos "irmãos" da "blogosfera" viseense. Os seus autores identificam-se como João Simões, engenheiro electrotécnico, 23 anos, signo Escorpião; Jet-Fighter, médico; e, Nuno Orestes, de 22 anos, signo Capricórnio. Justificam o seu aparecimento na "blogosfera" alegando que Viseu é uma cidade "adormecida na encruzilhada entre as auto-estradas do futuro e os carris do desenvolvimento", que "procura hoje o seu caminho para a modernidade". "Deste blogue vê-se Viseu", avisam. Assim, A caminho de Viseu apresenta-se "como um espaço de reflexão, análise e discussão de tudo aquilo que interessa à cidade e à região". O tom crítico, apelando à reflexão, marca o tom dos três primeiros temas abordados no recém-criado blogue. A página off line da Câmara de Viseu, a reabertura da ligação entre a Avenida de Emídio Navarro e a Avenida da Bélgica e a cimeira que ontem juntou autarcas portugueses e espanhóis, dirigentes de associações empresariais e industriais, em Aveiro, para debater vários assuntos de interesse ibérico, entre eles o TGV, foram os alvos escolhidos por João Simões. Em vez dos habituais "comentários" aos posts, os autores optaram por criar um espaço de "rotundas" - numa alusão às cerca de cem placas circulares da cidade -, onde os internautas podem igualmente dar a sua opinião sobre os assuntos abordados. Lugar destacado na "blogosfera" viseense tem o já bem conhecido Viseu Senhora da Beira (gamvis.blogspot.com). O autor do blogue, que se esconde atrás do pseudónimo Bazookas, criou este espaço com o intuito de lançar um "olhar crítico, independente e exigente" sobre as terras e gentes da região de Viriato, o herói lusitano. A completar quase um ano de existência está o Bem Aberto (bemaberto.blogspot.com), um espaço que "não é má-língua, nem lambe-botas", mas que tem "Viseu como ponto de partida e de chegada". O Viso Eu (visoeu.blogspot.com), que se assume como um "boletim cultural"; Daqui Viso Eu (daquivisoeu.blogspot.com), criado para "falar de Viseu"; ou Tertúlia de Viriato (tertuliaviriato.blogspot.com).
Até ao passado dia 9 de Outubro, Pedro Silva era vereador da Câmara Municipal de Aveiro com o pelouro da Cultura e preparava-se para exercer o cargo durante mais quatro anos. Mas a inesperada vitória da coligação Juntos por Aveiro (PSD/CDS-PP) nas eleições autárquicas baralhou-lhe os planos. Com o socialista Alberto Souto à frente da autarquia, Pedro Silva era vereador a tempo inteiro; com o independente Élio Maia ao leme, passou à condição de "vereador indiferenciado da oposição". Insatisfeito, Silva decidiu abrir um blogue para dizer o que lhe ia na alma. Baptizou-o com o mote da campanha do PS (http://melhoraveiro.blogspot.com) e publicou dois textos sobre a nova política cultural do município. As audiências eram mínimas, até ao dia em que o vereador se lembrou de publicar a ordem de trabalhos e as actas das reuniões do executivo municipal. De um momento para o outro, o seu blogue deu um pulo na tabela das audiências, tornando-se um dos mais consultados do concelho. E o presidente da câmara, Élio Maia, sentiu-se até na necessidade de vir a público acusar o vereador de deslealdade por não ter pedido autorização para divulgar os documentos. Mas em vez de o criticar numa reunião do executivo, como seria normal, preferiu atacar Pedro Silva noutro blogue, que leva o seu próprio nome: http://eliomaia.blogspot.com.
O episódio é revelador da importância cada vez maior que os blogues têm na luta política. E a tendência não se faz sentir apenas em Aveiro. Em Coimbra, por exemplo, a câmara municipal liderada por Carlos Encarnação tomou a decisão inédita de bloquear o acesso dos funcionários a blogues. Em Viseu, Fernando Ruas chegou a ameaçar processar um cibernauta. Todos os dias surgem novos blogues focados nas questões políticas. Uns são mantidos por cidadãos anónimos, outros por políticos no activo. Uns levam as coisas a sério, outros a brincar. E alguns até já foram responsáveis pelo desencadear de algumas crises políticas, como a que levou Carlos Encarnação a dispensar uma vereadora no anterior mandato.
Coimbra reprime
Em Coimbra, representantes do PS e da CDU na câmara dividem-se no comentário à decisão do vereador social-democrata Marcelo Nuno, que, através do servidor informático da autarquia, vedou o acesso a blogues aos funcionários que utilizam a Internet. Em declarações ao JN de ontem, Marcelo Nuno justificou a medida pela existência de um grupo de assalariados que "não fazia mais nada do que andar todo o dia a ver blogues", ao mesmo tempo que vincou: "Os computadores da câmara são para uso exclusivamente profissional".Instado a comentar a decisão, o vereador do PS Victor Baptista registou "de bom grado" a decisão. "Os funcionários da autarquia estão lá para trabalhar, não é para ver blogues", acrescentou. O também líder da distrital do PS de Coimbra tem uma má opinião acerca destes fóruns na Internet. "As pessoas não se assumem e dizem as maiores barbaridades e as maiores asneiras." Inclusive, Victor Baptista garante que foi "vítima durante meses dos blogues", no período que antecedeu a sua candidatura à presidência da autarquia de Coimbra e já durante a campanha. E, mesmo admitindo que há blogues respeitáveis, o socialista reconhece que "também é difícil distinguir os bons dos maus" e, nesse sentido, reafirma o seu apoio à decisão de Marcelo Nuno.
Já Gouveia Monteiro, eleito pela CDU, prefere uma abordagem mais cautelosa. "Sou um bocado avesso a governar por despachos e ordens de serviço", começa por dizer. Pela sua experiência como vereador da Habitação, iniciada no anterior mandato e mantida neste, Gouveia Monteiro defende que "as câmaras devem ser estruturadas por unidades de serviço que sejam avaliadas pelo seu desempenho - é a melhor forma de motivar os funcionários". Contudo, apesar de defender o diálogo e a aposta na motivação dos colaboradores, por oposição às proibições, o comunista salvaguarda: "Não estou em desacordo com medidas para acabar com baldas onde elas existam".
Aveiro incentiva
Já em Aveiro, por exemplo, é o próprio presidente da câmara a alimentar um blogue com o seu nome. Ele, ou alguém por ele, dúvida que o webmaster da página não desfaz. Mas há outros exemplos de políticos no activo que mantêm as suas páginas pessoais. O anterior presidente do município, Alberto Souto, tem um blogue com o seu nome (http://albertosouto.blogspot.com). O mesmo sucede com o líder da bancada do PS na assembleia municipal, Raul Martins (http://raulventuramartins.blogspot.com). João Pedro Dias (CDS-PP), que trocou a assembleia municipal por um cargo na Empresa Municipal de Aveiro, criou mesmo um blogue chamado http://deputadomunicipal.blogspot.com (que pretende desactivar) e mantém outro chamado Polítka Pura. "A intenção era dar conta das actividades da assembleia e criar um ponto de diálogo com os munícipes", explica João Pedro Dias, que se mostra, no entanto, desgostoso com o "anonimato" que torna a blogosfera, por vezes, num local de acusações não fundamentadas.Raul Martins concorda. "Há grande apetência pelos blogues, porque são espaços de opinião livre. Mas é preciso ter muito cuidado com o que se encontra lá, porque os blogues não são órgãos de informação", previne. Mas confessa ter "grande gozo" em dispor de um meio que lhe permite tornar pública a sua opinião sobre a actividade da câmara de maneira quase instantânea. Também Jorge Ferreira, candidato a deputado pelo PND em Aveiro, mantém uma ligação diária ao distrito com o blogue http://tomarpartido.blogspot.com. No outro extremo do espectro político, Arsélio Martins mantém um dos mais antigos e interessantes blogues do concelho, denominado O lado esquerdo (http://aveiro.blogspot.com). A pouco e pouco, os blogues vão ganhando o seu espaço. Afinal, como resume Raul Martins, "são um espaço de liberdade". Com poucas regras mas muita iniciativa.
Coimbra
Porta-aviões abre-se a outros quadrantes políticos identificados
O blogue do social-democrata Maló de Abreu, um dos mais lidos da cidade, vai abrir-se a colaboradores de outros quadrantes políticosPorta-aviões abre-se a outros quadrantes políticos identificados
O debate político sobre Coimbra na blogosfera ainda se confunde muito com a insinuação e acusação anónimas. Mas há excepções e promessas de mudança.
Líder da bancada social-democrata na assembleia municipal, ex-presidente da concelhia do PSD e candidato derrotado nas últimas eleições para a presidência da Associação Académica de Coimbra/Organismo Autónomo de Futebol, Maló de Abreu anuncia que, a 9 de Janeiro, o blogue Porta-Aviões (htpp://portaavioes.blogspot.com) vai dar origem a um novo blogue, "radicalmente diferente", animado por "dez ou 11 pessoas de vários quadrantes" que se identificarão perante os leitores. "Algumas até me disseram que isso era condição para participarem", diz Maló de Abreu.
O deputado municipal é a figura de proa do Porta-Aviões, o blogue criado há cerca de um ano que já ultrapassou as 157 mil visitas. "Começou por ser uma brincadeira de amigos que surgiu à mesa, num jantar", conta Maló de Abreu, para quem o blogue se revelou "um sucesso" imprevisto: "E, apesar de os comentários terem sido fechados, o número de visitantes não diminuiu", sublinha o deputado municipal do PSD que foi o director de campanha da recandidatura de Carlos Encarnação à presidência da câmara. Maló explica que, em Setembro, na véspera das autárquicas, o blogue passou por "um período conturbado" - com posts insultuosos, inclusivamente - que culminou na decisão de retirar aos visitantes a possibilidade de ali deixarem mensagens.
Autor e colaborador de outros blogues, Maló de Abreu afirma que o Porta-Aviões foi criado para "colmatar a ausência de debate político nos jornais" e funcionar como "espaço de denúncia". Numa altura em que ele próprio já deixou de assinar os textos como "Almirante", Maló de Abreu não revela a identidade dos fundadores do Porta-Aviões: "Apesar da conotação com o PSD, há gente de outras sensibilidades, um pouco mais à esquerda e mais à direita. Havia um do CDS que teve que sair. Mas é tudo gente conhecida", limita-se a dizer. Admite que alguns dos actuais colaboradores do Porta-Aviões venham a assumir a identidade: "Mas estas coisas deixam um rasto. Só se for aqueles que nunca puseram lá nada de picante", ressalva.
Apesar de estar logicamente conotado com o PSD, o Porta-Aviões também tem servido para destilar ódios entre facções da concelhia social-democrata. A actual direcção da AAC/OAF também não é poupada. A circunstância de o presidente do clube ser o director municipal de Urbanismo da autarquia inspirou vários posts ao longo dos últimos meses. E continuou, mesmo depois de José Eduardo Simões, o presidente da AAC/OAF, ter anunciado que deixaria as funções municipais no final do ano. O atraso na obra do Jardim de Montes Claros e o facto de o autor do projecto ser a mesma instituição, a Universidade Vasco da Gama, que ofereeu um autocarro à Académica, é o tema de um dos textos mais recentes.
Outro tema local no Porta-Aviões, onde as eleições presidenciais são por estes dias o assunto recorrente, é a petição para a incorporação, na Polícia Municipal, do guarda Raul, o agente da PSP conhecido em Coimbra pela alcunha "O Eléctrico", que acaba de anunciar a passagem à reforma. Outro blogue fundado em Coimbra para discutir os temas políticos é o Ponte Europa (http://ponteeuropa.blogspot.com), dinamizado pelo professor aposentado Carlos Esperança. O próprio nome do blogue é um estatuto editorial: "É uma tomada de posição a favor da manutenção do nome de uma ponte que a falta de dignidade civica e o proselitismo beato do senhor presidente da câmara fizeram mudar para Ponte Rainha Santa Isabel", assume Carlos Esperança, que se apresenta como um homem da "esquerda moderada", simpatizante, "mas não filiado", do PS. No Ponte Europa, com 34.700 visitas desde Fevereiro passado, todos os autores estão identificados. Mas a verdade é que há muito não aparecem. Pediram a Carlos Esperança para tomar conta da casa e abalaram.
Um dos assuntos polémicos, envolvendo protagonistas locais, que foram abordados pelo Ponte Europa teve a ver com o bispo de Coimbra, D. Albino Cleto, que há cerca de duas semanas apelou aos fiéis para resistirem à intenção do Governo de retirar os crucifixos das escolas: "Não vamos deixar, pois seria cobardia nossa e traição a Deus guardá-los em casa", citou o diário As Beiras. Carlos Esperança, que também anima o blogue Diário Ateísta, escreveu que, "do mesmo modo que o Estado renuncia a colocar a bandeira, o busto da República ou a foto do Presidente nos templos, também as Igrejas devem abster-se de colocar os seus símbolos nos edifícios públicos". Carlos Esperança tem outras posições controversas, como a defesa da co-incineração de resíduos industriais perigosos, que inspiram posts inflamados.
De qualquer forma, o Ponte Europa vive sobretudo dos temas da política nacional: "Não me sinto muito à vontade para falar de assuntos do município".
Nascido a 8 de Dezembro, A caminho de Viseu (acaminhodeviseu.blogspot.com) é o mais novo dos "irmãos" da "blogosfera" viseense. Os seus autores identificam-se como João Simões, engenheiro electrotécnico, 23 anos, signo Escorpião; Jet-Fighter, médico; e, Nuno Orestes, de 22 anos, signo Capricórnio. Justificam o seu aparecimento na "blogosfera" alegando que Viseu é uma cidade "adormecida na encruzilhada entre as auto-estradas do futuro e os carris do desenvolvimento", que "procura hoje o seu caminho para a modernidade". "Deste blogue vê-se Viseu", avisam. Assim, A caminho de Viseu apresenta-se "como um espaço de reflexão, análise e discussão de tudo aquilo que interessa à cidade e à região". O tom crítico, apelando à reflexão, marca o tom dos três primeiros temas abordados no recém-criado blogue. A página off line da Câmara de Viseu, a reabertura da ligação entre a Avenida de Emídio Navarro e a Avenida da Bélgica e a cimeira que ontem juntou autarcas portugueses e espanhóis, dirigentes de associações empresariais e industriais, em Aveiro, para debater vários assuntos de interesse ibérico, entre eles o TGV, foram os alvos escolhidos por João Simões. Em vez dos habituais "comentários" aos posts, os autores optaram por criar um espaço de "rotundas" - numa alusão às cerca de cem placas circulares da cidade -, onde os internautas podem igualmente dar a sua opinião sobre os assuntos abordados. Lugar destacado na "blogosfera" viseense tem o já bem conhecido Viseu Senhora da Beira (gamvis.blogspot.com). O autor do blogue, que se esconde atrás do pseudónimo Bazookas, criou este espaço com o intuito de lançar um "olhar crítico, independente e exigente" sobre as terras e gentes da região de Viriato, o herói lusitano. A completar quase um ano de existência está o Bem Aberto (bemaberto.blogspot.com), um espaço que "não é má-língua, nem lambe-botas", mas que tem "Viseu como ponto de partida e de chegada". O Viso Eu (visoeu.blogspot.com), que se assume como um "boletim cultural"; Daqui Viso Eu (daquivisoeu.blogspot.com), criado para "falar de Viseu"; ou Tertúlia de Viriato (tertuliaviriato.blogspot.com).
Ai não acreditaram?...
Não acreditaram na notícia no "Público" sobre o Porta-Aviões? Não acreditaram?
Então... vejam!!!
Então... vejam!!!
As coisas de que eu me lembro enquanto estou no trânsito
Se já bloquearam o acesso ao blogspot no seu serviço, peça uma reunião com o chefe às 8 horas da manhã de amanhã. Ou inscreva-se como militante do Partido Psiquiátrico Para-Democrático.
Partido Psiquiátrico Para-Democrático (P.P.Para D.): Partido dos Loucos que não são Parvos.
Partido Psiquiátrico Para-Democrático (P.P.Para D.): Partido dos Loucos que não são Parvos.
O PROVEDOR DO ELEITOR
( SANTA-CLARA - Junto ao Quartel )
Por cá a vida continua mansamente.
Até as ovelhinhas não deixam de pastar...
segunda-feira, dezembro 12, 2005
O "Porta" no "Público"
É verdade!!! É verdade!!!
Vocês não viram???
Ontem, o jornal "Público" deu à estampa um texto sobre o "Porta-aviões".
(Sim que nós também já somos considerados, apesar de ainda novinhos, um dos mais importantes meios de comunicação social existentes aqui na zona.)
É pá, é uma página quase inteira, só pra nós, a falar da gente. Qual?... A página 67!
(mais umas páginas e gozavam connosco; ainda bem que ficámos ali...)
Mas também falam da malta na página 66.
Aliás, na 66 falam também da Câmara de Coimbra ter proibido aos funcionários o acesso a blogues. Mas só na Câmara, claro. Em casa já podem consultar. E num intervalozito do serviço podem até ir à Casa Aninhas e navegar um bocadinho.
É verdade!!! O "Público" ontem falava de nós!
E até trazia uma imagem da nossa infra-estrutura, com um "post" do Pirata sobre aquela brilhante intervenção no final do jantar do Soares. Sim, essa mesmo, a do "Trabalhador Social-Democrata".
(esse post, por acaso, foi muito bem apanhado.)
Vá lá, vá lá, não se façam rogados. Se puderem vão a um quiosque, ou a uma bomba de gasolina, e peçam o "Público" de domingo. Pode ser que consigam.
Também podem é ter azar... É que já me disseram que o "Público" nunca vendeu tantos jornais em Coimbra como ontem. Porque terá sido?! Porque terá sido?!
(Até o outro comprou o jornal.... "Qual outro?", perguntam vocês. Isso já é querer saber muito... Vão lá comprar o jornal e agradeçam a dica aqui ao Contramestre.)
MASP ou (Mário Apanha Só Porrada)
Depois da Marinha Grande 2005 (versão magra) eis que Jorge Sampaio acaba de reagir e solidarizar-se como "agredido".
Acompanho o Nosso Presidente nesta reacção e saúdo a coerência.
Basta lembrar a visita de Rui Rio ao Bairro do Cerco na última campanha autárquica...
Acompanho o Nosso Presidente nesta reacção e saúdo a coerência.
Basta lembrar a visita de Rui Rio ao Bairro do Cerco na última campanha autárquica...
Alegre-Louçã
Vi uns 10 minutos.
Saí da frente do televisor para não adormecer.
Um aspecto, no entanto, merece ser realçado: a gravata de Louçã.
(Não há Presidente da República sem gravata, pois não?)
Saí da frente do televisor para não adormecer.
Um aspecto, no entanto, merece ser realçado: a gravata de Louçã.
(Não há Presidente da República sem gravata, pois não?)
CHARADA - Coisas da bola...
Troca de palavras entre dirigentes, recentemente, no final de um jogo (seria de futebol?):
Diz um, cavalheiro:
- O empate até foi bom para as duas equipas...
Responde o outro:
- Olhe a sua equipa devia era ser proibida de jogar!
Será que isto aconteceu mesmo?
Onde? Entre quem?
E o diálogo, depois, azedou ou não azedou?
E como é que tudo acabou?
(PS - A tripulação, consultada antes da publicação deste post, diz não acreditar na possibilidade de uma conversa deste género ter existido. Só em sonhos... Eu também penso o mesmo. Por isso, esta charada é mera ficção, como as telenovelas. Nem mais. - Cadete)
Diz um, cavalheiro:
- O empate até foi bom para as duas equipas...
Responde o outro:
- Olhe a sua equipa devia era ser proibida de jogar!
Será que isto aconteceu mesmo?
Onde? Entre quem?
E o diálogo, depois, azedou ou não azedou?
E como é que tudo acabou?
(PS - A tripulação, consultada antes da publicação deste post, diz não acreditar na possibilidade de uma conversa deste género ter existido. Só em sonhos... Eu também penso o mesmo. Por isso, esta charada é mera ficção, como as telenovelas. Nem mais. - Cadete)
Telejornais: mais do mesmo
É sempre mais do mesmo, mais do mesmo, mais do mesmo.
Estou a ver os noticiários televisivos e a coisa até chateia: Soares critica Cavaco, Louçã critica Cavaco, Jerónimo critica Cavaco; Louçã ataca Cavaco, Jerónimo ataca Cavaco, Soares ataca Cavaco; Jerónimo critica Cavaco, Soares critica Cavaco, Louçã critica Cavaco.
Conclusão:
Cada vez me sinto melhor a votar em Cavaco Silva.
Estou a ver os noticiários televisivos e a coisa até chateia: Soares critica Cavaco, Louçã critica Cavaco, Jerónimo critica Cavaco; Louçã ataca Cavaco, Jerónimo ataca Cavaco, Soares ataca Cavaco; Jerónimo critica Cavaco, Soares critica Cavaco, Louçã critica Cavaco.
Conclusão:
Cada vez me sinto melhor a votar em Cavaco Silva.
As coisas de que eu me lembro enquanto estou no trânsito
Mário Soares anda à procura da sua Marinha Grande vinte anos depois, mas o tempo teima em não voltar para tràs...
O PROVEDOR DO ELEITOR
( O COMBÓIO DE NATAL )
Serão os primeiros testes para o Metro dos Pequeninos dos SMTUC?
domingo, dezembro 11, 2005
Fica Dito!
Sem qualquer pedido de consentimento ao Almirante, concerteza desnecessário neste espaço onde cada um dos tripulantes é dono da sua própria consciência, socorro-me de FNV (Filipe Nunes Vicente) do Mar Salgado, também sem pedido de autorização mas que concerteza me desculpará o abuso, para fazer aqui, hoje e agora, a minha declaração de voto de apoio a Manuel Alegre à Presidência da República.
- DECLARAÇÃO DE VOTO: Disse aqui há tempos que não escreveria sobre as eleições presidenciais. Tenho cumprido a promessa, pois que me tenho limitado a assinalar aspectos comunicacionais, num tom mais ou menos irónico. Reparei contudo que de cada vez que critico um ou outro aspecto da candidatura de Soares, atraio nas caixas de comentários atitudes ou sobranceiras ou agressivas ou intimidatórias. Pois bem, assim me convenceram a votar dia 23 de Janeiro: Manuel Alegre. Obrigado pelo empurrão. "FNV in Mar Salgado".
- MANUEL ALEGRE À PRESIDÊNCIA (I): Vamos então a isto, começando pelas dificuldades. Alegre, mais do que não ter uma máquina partidária, não tem o peso simbólico de Soares e de Cavaco; dito de forma crua, fora de círculos restritos, é pouco conhecido. Isto vai reflectir-se nas acções de rua, não tão irrelevantes como se julga: elas vinculam o espectador a uma ilusão de pertença, a uma categoria identitária. Como caçador, Alegre sabe que se não tem um braco para levar às perdizes, mais vale ir caçar coelhos. Com podengos. Assim talvez seja boa ideia os serviços de candidatura pensarem em poucas mas boas reuniões populares, em espaços abertos. Uma outra consequência negativa do anonimato é a tendência para gerar indiferença no eleitorado. Isto pode ser compensado por uma estratégia comunicacional menos defensiva do que a que tem sido seguida. Por exemplo, não ter medo ( até pelo efeito histérico que gera na candidatura de Soares) de insistir na matriz cultural-nacional. Abordaremos isto no próximo post da série. "FNV in Mar Salgado".
- MANUEL ALEGRE À PRESIDÊNCIA (II): Manuel Alegre não é doutor nem tem o mestrado, nem sequer, suspeito, uma pós-graduação. É como a maioria dos portugueses, um curioso. E que diz ele ( retomando o último ponto do post anterior da série)? Entre outras coisas criminosas, fala de Pátria e do orgulho nacional, fala da identidade portuguesa. Como era de esperar, intelectuais mais ou menos provincianos agitaram-se: populismo, disseram uns, bolor marialva, disseram outros. Por falta de informação, de viagens e de estudo ( não necessariamente por esta ordem), estes conceitos são associados a uma visão do mundo passadista e fechada, quando não à "direita tradicional" ou à xenofobia. Ou seja, vibrantes universitários ainda carregam a ideia de Pátria do Dr. Salazar. A verdade é que uma das áreas de estudo e de intervenção que mais cresceu nos departamentos universitários americanos e europeus nos últimos quarenta anos, prende-se com isto. Os estudos pós-coloniais e os area studies, berços de críticas violentas ao passado colonial da Europa e ao imperialismo americano, radicam precisamente na (re)construção das identidades nacionais das nações outrora desqualificadas; no seu orgulho, na sua História, na sua identidade cultural. Que um Presidente que não pode governar nem legislar ( para isso existem outros) se proponha a fazer o papel de Leopoldo (da Bélgica ou do Senegal), não é demeritório. Ainda para mais sendo esse Presidente um escritor. O provinciano, dizia Ortega y Gasset, é aquele que viva onde viver ( e pode ser Londres, Paris ou Leiria), pensa que vive no centro do mundo. O namoro a uma reeducação das idiosincracias nacionais só pode ajudar a combater essa ideia provinciana: somos todos centros, como já fomos todos berlinenses. Esta diversidade só assusta quem vive o sonho de um mundo uniformizado e obediente às suas ilustradas concepções sobre como todos devemos viver. "FNV in Mar Salgado".
sábado, dezembro 10, 2005
E o Pirata Sou Eu?
A melhor intervenção da noite, no Jantar de Soares em Coimbra, foi de um "Trabalhador Social-Democrata". Diz quem sabe que foi de levar às lágrimas - uns de chorarem, outros de tanto rirem - e até os socialistas mais soaristas se meteram pelas saias das mesas abaixo. Afirmando-se apoiante dos MASP 1 e 2, possuidor de um farto lote de companheiros alaranjados, esperando um sinal do candidato, etc & tal... obrigou a uma resposta de Soares que quase o mandava para um qualquer pavilhão de manicómio.
Adivinhem então quem foi esta Caricatura de Pirata?
Adivinhem então quem foi esta Caricatura de Pirata?
( Planta de localização e implantação do Hospital Psiquiátrico )
Coimbra - Lisboa - Dakar
A nossa Dianinha Pereira vai acompanhar o Dakar?
Já não há um lusitaneamilhões para ela também?
Ai! Se o Pirata fosse mesmo Eu?
sexta-feira, dezembro 09, 2005
ANEDOTA (porque hoje é sexta-feira...)
ÚLTIMA HORA
Em reunião estratégica com Sócrates,
Mário Soares propõe Freitas do Amaral
para a presidência da Juventude Socialista.
Em reunião estratégica com Sócrates,
Mário Soares propõe Freitas do Amaral
para a presidência da Juventude Socialista.
Soares: o primeiro
Assinalando a presença de Mário Soares hoje em Coimbra, divulga-se o resultado do mais recente estudo de opinião da Marktest. Está fresquinho, fresquinho...
Os tempos mudaram...
Mário Soares tem duas sedes (!!!) em Coimbra, em locais pouco normais neste género de actividades: uma por cima da "Estrela Verde", outra junto da "Residencial Kanimambo".
Por que será que o candidato não encontrou um rés-do-chão?
(Afinal, sempre se pode aproveitar para dar uma espreitadela à Estrela Verde ou para repousar um pouco na Kanimambo, não é?)
E o Pirata Sou Eu?
CARTA AO PAI NATAL
Acordei agora da sesta.
Tive um sonho original.
Conversei com a Maria
E achamos que não era sonho
Mas uma ideia genial!
Já fui ministro, primeiro-ministro
E duas vezes presidente deste país
Está na hora de mudar de ares
Aceitar novos desafios
Levar mais longe o nome de Portugal
Ou o meu nome… Como sempre quis.
Como tu tenho já uma certa idade
E no ventre a mesma proeminência
Decidi que para o ano quero ser o Pai Natal.
Portanto…
Olha pá, faz as malas. Desocupa a Lapónia.
Vou ser eu o Pai Natal.
Tem lá paciência.
Assinado: Mário Soares
(Ex-ministro. Ex-deputado. Ex-Primeiro Ministro. Ex-Presidente da República. Ex-deputado europeu. E ...
Futuro Pai Natal)
O PROVEDOR DO ELEITOR
(FUTURO JARDIM DE MONTES CLAROS)
Se a sinalética foi colocada em Agosto, a obra - preparação do terreno e construção dos muros - já devería estar concluída...(à consideração do novel vereador)
Já agora, três perguntinhas apenas:
1. O projecto ser da Universidade Vasco da Gama não tem nada a ver com o novo autocarro da Académica por ela patrocinado, pois não?
2. Em que datas foram encomendados estes e outros eventuais projectos à Universidade Vasco da Gama e quais os montantes envolvidos?
3. Em que ponto está na Câmara a questão da urbanização de terrenos da U.V.G. e quais os sócios ou docentes desta que são simultâneamente funcionários, politicos autárquicos ou familiares directos dos ditos?
E viva a transparência!
Já agora, três perguntinhas apenas:
1. O projecto ser da Universidade Vasco da Gama não tem nada a ver com o novo autocarro da Académica por ela patrocinado, pois não?
2. Em que datas foram encomendados estes e outros eventuais projectos à Universidade Vasco da Gama e quais os montantes envolvidos?
3. Em que ponto está na Câmara a questão da urbanização de terrenos da U.V.G. e quais os sócios ou docentes desta que são simultâneamente funcionários, politicos autárquicos ou familiares directos dos ditos?
E viva a transparência!
quinta-feira, dezembro 08, 2005
O PI DEITADO
Na Cimeira Luso-Espanhola da Figueira da Foz, sobre o TGV, ficou decidida a opção pelo Pi deitado. Perdeu o T, mas ganhou o Pi. Parece-me bem a decisão pela rede ferroviária de alta velocidade.
Todos os eixos são decisivos para o nosso futuro colectivo. O eixo Lisboa/Badajoz é fundamental para os alfacinhas irem aos caramelos. O eixo Porto/Vigo permite visitas relâmpago ao Corte Inglês. O eixo Faro/Huelva garante que o estádio construído para o Euro 2004 terá assistência internacional nos jogos entre o Louletano e o Olhanense.
Parece-me ajuizada, igualmente, a decisão pelo modelo do Pi deitado. Sabendo-se que só em 2017 se fará a ligação Aveiro/Salamanca, convenhamos que seria desagradável e cansativo manter o Pi em pé. Mais valia esperar sentado, ou, como é o caso, espera deitado. Só por modéstia não demos um murro na mesa e exigimos o PiErre ao quadrado. Talvez lá para as Presidenciais…
E ao que parece foi tudo bem pensado e é baratíssimo. Passamos a ir todos mais depressa às tapas e aos bocadilhos a Madrid. E custa menos de dez mil milhões de euros. E viva Espãna. Ou não são eles que pagam?
(Maló de Abreu)
Artigo publicado em tempos no Campeão das Províncias.
Tanto mais actual, quanto se fala hoje tanto no combóio de alta velocidade...
Todos os eixos são decisivos para o nosso futuro colectivo. O eixo Lisboa/Badajoz é fundamental para os alfacinhas irem aos caramelos. O eixo Porto/Vigo permite visitas relâmpago ao Corte Inglês. O eixo Faro/Huelva garante que o estádio construído para o Euro 2004 terá assistência internacional nos jogos entre o Louletano e o Olhanense.
Parece-me ajuizada, igualmente, a decisão pelo modelo do Pi deitado. Sabendo-se que só em 2017 se fará a ligação Aveiro/Salamanca, convenhamos que seria desagradável e cansativo manter o Pi em pé. Mais valia esperar sentado, ou, como é o caso, espera deitado. Só por modéstia não demos um murro na mesa e exigimos o PiErre ao quadrado. Talvez lá para as Presidenciais…
E ao que parece foi tudo bem pensado e é baratíssimo. Passamos a ir todos mais depressa às tapas e aos bocadilhos a Madrid. E custa menos de dez mil milhões de euros. E viva Espãna. Ou não são eles que pagam?
(Maló de Abreu)
Artigo publicado em tempos no Campeão das Províncias.
Tanto mais actual, quanto se fala hoje tanto no combóio de alta velocidade...
O PROVEDOR DO ELEITOR
(ANTES)
(HOJE)
RENDEU-SE À LUSITÂNEA ?
OU
A LUSITÂNEA RENDEU-SE?
OU
A LUSITÂNEA RENDEU?
quarta-feira, dezembro 07, 2005
terça-feira, dezembro 06, 2005
Quem mete uma cunha ao Sócrates?
Para dar bom seguimento à nossa petição sobre o "Polícia Eléctrico"...
N.o 210 —2 de Novembro de 2005
DIÁRIO DA REPUBLICA —I SÉRIE-A
Artigo 78.o
Incompatibilidades
1—Os aposentados não podem exercer funções públicas ou prestar trabalho remunerado, ainda que em regime de contrato de tarefa ou de avença, em quaisquer serviços do Estado, pessoas colectivas públicas ou empresas públicas, excepto quando se verifique alguma das seguintes circunstâncias:
a) Quando haja lei que o permita;
b) Quando, por razões de interesse público excepcional, o Primeiro-Ministro expressamente o decida, nos termos dos números seguintes.
2—O interesse público excepcional é devidamente fundamentado, com suficiente grau de concretização, na justificada conveniência em assegurar por essa via as funções que se encontram em causa.
3—A decisão é precedida de proposta do membro do Governo que tenha o poder de direcção, de superintendência, de tutela ou de outra forma de orientação estratégica sobre o serviço, entidade ou empresa onde as funções devam ser exercidas ou o trabalho deva ser prestado.
4—Em caso algum pode ser tomada a referida decisão em relação a quem se encontre na situação prevista no n.o 1 em razão da utilização de mecanismos legais de antecipação de aposentação ou em relação a quem se encontre aposentado compulsivamente.
5—A decisão produz efeitos por um ano, excepto se fixar um prazo superior, em razão da natureza das funções ou do trabalho autorizados.
6—O disposto no presente artigo é aplicável às situações de reserva ou equiparadas fora da efectividade de serviço.
N.o 210 —2 de Novembro de 2005
DIÁRIO DA REPUBLICA —I SÉRIE-A
Artigo 78.o
Incompatibilidades
1—Os aposentados não podem exercer funções públicas ou prestar trabalho remunerado, ainda que em regime de contrato de tarefa ou de avença, em quaisquer serviços do Estado, pessoas colectivas públicas ou empresas públicas, excepto quando se verifique alguma das seguintes circunstâncias:
a) Quando haja lei que o permita;
b) Quando, por razões de interesse público excepcional, o Primeiro-Ministro expressamente o decida, nos termos dos números seguintes.
2—O interesse público excepcional é devidamente fundamentado, com suficiente grau de concretização, na justificada conveniência em assegurar por essa via as funções que se encontram em causa.
3—A decisão é precedida de proposta do membro do Governo que tenha o poder de direcção, de superintendência, de tutela ou de outra forma de orientação estratégica sobre o serviço, entidade ou empresa onde as funções devam ser exercidas ou o trabalho deva ser prestado.
4—Em caso algum pode ser tomada a referida decisão em relação a quem se encontre na situação prevista no n.o 1 em razão da utilização de mecanismos legais de antecipação de aposentação ou em relação a quem se encontre aposentado compulsivamente.
5—A decisão produz efeitos por um ano, excepto se fixar um prazo superior, em razão da natureza das funções ou do trabalho autorizados.
6—O disposto no presente artigo é aplicável às situações de reserva ou equiparadas fora da efectividade de serviço.
E o Pirata Sou Eu?
"Precisa-se de Matéria Prima para construir um País"
João Ubaldo Ribeiro
João Ubaldo Ribeiro
A crença geral anterior era que Collor não servia, bem como Itamar e Fernando Henrique. Agora dizemos que Lula não serve. E o que vier depois de Lula também não servirá para nada. Por isso estou começando a suspeitar que o problema não está no ladrão corrupto que foi Collor, ou na farsa que é o Lula. O problema está em nós. Nós como POVO. Nós como matéria prima de um país. Porque pertenço a um país onde a "ESPERTEZA" é a moeda que sempre é valorizada, tanto ou mais do que o dólar. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família, baseada em valores e respeito aos demais. Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nas calçadas onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as "EMPRESAS PRIVADAS" são papelarias particulares de seus empregados desonestos, que levam para casa, como se fosse correto, folhas de papel, lápis, canetas, clipes e tudo o que possa ser útil para o trabalho dos filhos ...e para eles mesmos.
Pertenço a um país onde a gente se sente o máximo porque conseguiu "puxar" a tevê a cabo do vizinho, onde a gente frauda a declaração de imposto de renda para não pagar ou pagar menos impostos. Pertenço a um país onde a impontualidade é um hábito. Onde os diretores das empresas não valorizam o capital humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos. Onde pessoas fazem "gatos" para roubar luz e água e nos queixamos de como esses serviços estão caros. Onde não existe a cultura pela leitura (exemplo maior nosso atual Presidente, que recentemente falou que é "muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem econômica.
Onde nossos congressistas trabalham dois dias por semana para aprovar projetos e leis que só servem para afundar ao que não tem, encher o saco ao que tem pouco e beneficiar só a alguns.
Pertenço a um país onde as carteiras de motorista e os certificados médicos podem ser "comprados", sem fazer nenhum exame. Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no ônibus, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não dar o lugar. Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o pedestre. Um país onde fazemos um monte de coisa errada, mas nos esbaldamos em criticar nossos governantes.
Quanto mais analiso os defeitos do Fernando Henrique e do Lula, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem "molhei" a mão de um guarda de trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Dirceu é culpado, melhor sou eu como brasileiro, apesar de ainda hoje de manhã passei para trás um cliente através de uma fraude, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.
Não. Não. Não. Já basta.
Como "Matéria Prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas nos falta muito para sermos os homens e mulheres que nosso país precisa. Esses defeitos, essa "ESPERTEZA BRASILEIRA" congênita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos de escândalo, essa falta de qualidade humana, mais do que Collor, Itamar, Fernando Henrique ou Lula, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são brasileiros como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não em outra parte... Me entristeço. Porque, ainda que Lula renunciasse hoje mesmo, o próximo presidente que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém o possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Collor, nem serviu Itamar, não serviu Fernando Henrique, e nem serve Lula, nem servirá o que vier. Qual é a alternativa? Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente sacaneados!!! É muito gostoso ser brasileiro. Mas quando essa brasilinidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, aí a coisa muda... Não esperemos acender uma vela a todos os Santos, a ver se nos mandam um Messias.
Nós temos que mudar, um novo governador com os mesmos brasileiros não poderá fazer nada. Está muito claro...... Somos nós os que temos que mudar.
Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda nos acontecendo: desculpamos a mediocridade mediante programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez. Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de surdo, de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO EM OUTRO LADO.
E você, o que pensa?.... MEDITE!!!"
JOÃO UBALDO RIBEIRO
Meu caro João Ubaldo
Não seremos nós, brasileiros e portugueses, feitos da mesma massa?
O PROVEDOR DO ELEITOR
Strogonoff de Glu-glu da NOBRE
Arroz de Quáquá da NOBRE
A NOBRE trata os consumidores como criancinhas ou atrasados mentais.
Se os criativos da NOBRE comem a papinha toda feita... que lhes faça bom proveito!
segunda-feira, dezembro 05, 2005
PETIÇÃO
Ex.mo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Coimbra
Dr. Carlos Encarnação
O agente Raul, mais conhecido por "Polícia Eléctrico", foi o polícia mais mediático da PSP de Coimbra durante 25 anos e passou à situação de aposentado. Levou a sério a sua profissão e a sua "veia" de polícia-sinaleiro é reconhecida por todos os cidadãos desta cidade. Mesmo em hora de ponta, onde estivesse de serviço não havia trânsito congestionado. Apesar do agente Raul dizer agora que "não vai mexer uma palha e que quer gozar a sua reforma a 100%, ou seja, comer, dormir e passear", a verdade é que só tem 52 anos e pode ser muito útil à cidade que o admira e à comunidade que dele precisa.
Ex.mo Senhor Presidente
Assim, vimos por este meio solicitar a V.Ex.cia que o agente Raul ou o "Polícia Eléctrico" seja, pelos meios legais que julgue convenientes, integrado na Polícia Municipal.
Com os melhores cumprimentos e esperando a sua melhor atenção a esta petição,
subscrevemo-nos atenciosamente
Todos os que quiserem subscrever esta petição devem enviá-la, ao cuidado do Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, para:
geral@cm-coimbra.pt
Nota: o Porta-aviões solicita o apoio dos blogs da região a esta petição
Dr. Carlos Encarnação
O agente Raul, mais conhecido por "Polícia Eléctrico", foi o polícia mais mediático da PSP de Coimbra durante 25 anos e passou à situação de aposentado. Levou a sério a sua profissão e a sua "veia" de polícia-sinaleiro é reconhecida por todos os cidadãos desta cidade. Mesmo em hora de ponta, onde estivesse de serviço não havia trânsito congestionado. Apesar do agente Raul dizer agora que "não vai mexer uma palha e que quer gozar a sua reforma a 100%, ou seja, comer, dormir e passear", a verdade é que só tem 52 anos e pode ser muito útil à cidade que o admira e à comunidade que dele precisa.
Ex.mo Senhor Presidente
Assim, vimos por este meio solicitar a V.Ex.cia que o agente Raul ou o "Polícia Eléctrico" seja, pelos meios legais que julgue convenientes, integrado na Polícia Municipal.
Com os melhores cumprimentos e esperando a sua melhor atenção a esta petição,
subscrevemo-nos atenciosamente
Todos os que quiserem subscrever esta petição devem enviá-la, ao cuidado do Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, para:
geral@cm-coimbra.pt
Nota: o Porta-aviões solicita o apoio dos blogs da região a esta petição
JOSÉ GOMES FERREIRA RAUL
" O POLÍCIA ELÉCTRICO "
AGRADECIMENTOS PELO APOIO NA BLOGOSFERA
- Politicaehouse
domingo, dezembro 04, 2005
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Enviado por Vítor | 8:32 AM
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