Briosa

A minha Briosa tem sido sovada o suficiente nos últimos anos (longos!), para eu me armar de varapau e desancar, a torto e a direito, em tudo o que é jogador perna de pau vindo ao desengano ou dirigente (ir)responsável. Poupemos-lhes os costados, então, daquilo que em boa verdade mereciam. Uma valente vassourada de cabo a rabo.
Esses insignificantes e medíocres gabarolas voltam agora a prometer o céu. E nós, crédulos adeptos (a Europa aqui tão perto...), acreditamos que se há-de finalmente ver empenho, profissionalismo e brio. Já perdoámos o abuso e a ofensa à memória dos nossas maiores, quando alguns jogadores trajaram de negro e não apresentaram serviço que se visse ou compostura que se apreciasse. Confiamos que vamos ter uma equipe que sue a camisola até ao último minuto e não um ajuntamento de meninas de coro a fazer tricot.
Sonhemos!

Memória de elefante

É de toda a justiça relembrar que Marques Mendes foi corajoso ao mandar abaixo a Câmara de Lisboa, quando esta mais do que cheirava a podre. Como é da mais elementar justiça não esquecer que Marques Mendes foi politicamente valente, ao não dar o apoio do PSD às mais que certas reeleições de Isaltino em Oeiras e do Major em Gondomar, quando por aquelas bandas o fedor era insuportável. O que não quer dizer que eu ache que o seu esforço leve a algum lado, que não seja tão só, o dos amigos muitos e um ou outro trânsfuga, à deputação da minoria.
Por estas semanas pré-directas, os senadores assobiam, os jotas atropelam-se, os idiotas vomitam, o pessoal acotovela-se e os lobos uivam. Pagam-se quotas, refazem-se contabilidades, contam-se espingardas e cobram-se favores passados e futuros. Mas não haverá quem não queira estar com o vencedor no final da contenda. Julgando que nós acreditamos que é tudo a bem da unidade do partido. Palermas! Por isso mesmo, sigo atentamente – uma força de expressão para quem quer que ele se dane - os movimentos daquele velho macaco de rabo pelado, que põe o filho numa lista e o afilhado na outra. Não vão os prognósticos sair furados. Porque os velhacos esperam a melhor oportunidade.

Nunca envelhecerás na minha lembrança

Ao ouvir isto reforcei as minhas dúvidas sobre a pobreza do debate disto.

Um ministro fora de prazo e o homem do saco nos SINAIS

A Certidão de Nascimento

Não compreendo, ou talvez sim (a grande infelicidade da arte de governar são as boas intenções), a recente fixação do Presidente da Câmara de Coimbra em nomear docentes universitários para tudo o que é cargo.
Eu sei que não desapareceu completamente a suspeita acerca da licenciatura do primeiro-ministro. Eu sei que os engenheiros têm sido um "problema" por cá. Eu sei que em Coimbra se prezam exageradamente os títulos académicos e quase se veneram os professores. Eu sei que vezes de mais há quem faça o caminho da política para a Universidade (sobretudo a privada) e não vejo com maus olhos o contrário. Eu também sei que as relacções entre a Câmara e a Universidade foram más anos a fio e que importa preservar a reaproximação entretanto conseguida.
Agora, ser praticamente impossível conceber que alguém exista sem um "Prof." antes do nome, parece-me manifestamente exagerado, para não dizer absurdo. Em tempos, alguém propôs que ao requerer-se o primeiro Bilhete de Identidade logo se acrescentasse o Dr., passando as criaturas a serem tratadas por doutor. No caso de Coimbra, mais terra a torre, seriamos todos "professores doutores" logo à nascença. Bem diferente, aliás, de Senhor Professor Doutor. Porque Senhores há poucos ...

SALOIOS

1. Afinal o PSD ganhou as eleições em Lisboa.

2. Afinal os jornalistas ainda não entraram nos eixos.

3. Afinal já há quem pense no day-after.

4. Afinal havia outros.

5. Afinal nem tudo é politica lisboeta hoje.

Saloios!... Ou, se preferirem, como dizia Manoel de Barros: "Tudo o que não invento é falso."