terça-feira, julho 24, 2007

Memória de elefante

É de toda a justiça relembrar que Marques Mendes foi corajoso ao mandar abaixo a Câmara de Lisboa, quando esta mais do que cheirava a podre. Como é da mais elementar justiça não esquecer que Marques Mendes foi politicamente valente, ao não dar o apoio do PSD às mais que certas reeleições de Isaltino em Oeiras e do Major em Gondomar, quando por aquelas bandas o fedor era insuportável. O que não quer dizer que eu ache que o seu esforço leve a algum lado, que não seja tão só, o dos amigos muitos e um ou outro trânsfuga, à deputação da minoria.
Por estas semanas pré-directas, os senadores assobiam, os jotas atropelam-se, os idiotas vomitam, o pessoal acotovela-se e os lobos uivam. Pagam-se quotas, refazem-se contabilidades, contam-se espingardas e cobram-se favores passados e futuros. Mas não haverá quem não queira estar com o vencedor no final da contenda. Julgando que nós acreditamos que é tudo a bem da unidade do partido. Palermas! Por isso mesmo, sigo atentamente – uma força de expressão para quem quer que ele se dane - os movimentos daquele velho macaco de rabo pelado, que põe o filho numa lista e o afilhado na outra. Não vão os prognósticos sair furados. Porque os velhacos esperam a melhor oportunidade.