quinta-feira, novembro 03, 2005

Aos amigos da onça

1. Há quem considere que muitos dos posts colocados no Porta-aviões são da minha responsabilidade. Puro engano. A tripulação é constituída por doze membros, sendo que cada um vê o mundo à sua maneira. Há aqui gente de pensamento livre que escreve sobre o que lhe apetece e quando lhe dá na real gana. Quantas vezes em desacordo com o que são os meus critérios - sobretudo de oportunidade - ou os meus interesses pessoais. Mas, nem um blog é um jornal nem eu tenho espírito de capataz. Também é certo que, faz bastante tempo, o PA deixou de ser meu, só porque o lancei e assino o que digo, para passar a pertencer aos que aqui escrevem e sobretudo aos que o lêem;
2. O interessante no Porta-aviões é também o facto de muitos dos tripulantes não saberem quem são os outros. Eu convidei-os individualmente a todos e portanto conheço-os, mas adiei sempre o jantar, tantas vezes aqui pedido, para saberem quem é quem. Talvez no Natal ou lá mais para o ano novo. Ou mesmo, quem sabe, no dia de São Nunca à Tarde;
3. Há também quem pense que eu tenho um conjunto vasto de blogs onde me entretenho a lançar farpas à direita e à esquerda. Ou, como dizía o outro, "gravitam" à minha volta e "acolitam" as minhas intervenções. Puro veneno. Como se eu não tivesse mais nada para fazer na vida. Registei, por brincadeira, o Visconde de Trianon em resposta a um antigo e interessante comentador do Porta-aviões e que eu não faço a minima ideia de quem seja. Tenho igualmente registada a Praia das Miragens, mas muito raramente lá vou;
4. Vem isto a propósito de amigos meus serem, não raras vezes, atingidos em posts aqui no Porta-aviões. E, a partir daí, começar a especular-se sobre o estado das minhas relacções de amizade com os visados. Quando não são os próprios a não compreender que aqui apareçam intervenções que os incomodam. Repito-lhes pela centésima vez para não encararem a vida de forma tão sizuda, porque um pouco de humor e uma dose certa de fair-play só lhes faz bem ao espirito. Ainda por cima, porque quem não deve não teme - como é o meu caso e julgo que o deles;
5. Continuemos pois a navegar. Infelizmente com os comentários fechados. Porque não tenho tempo para apagar impropérios e também, diga-se por ser verdade, porque não tenho paciência para atender reclamações. Sobretudo as vindas de amigos da onça.

Maló de Abreu