terça-feira, setembro 27, 2005

Resposta ao postal do Jorge Coelho

Ora viva, Jorge!
Foi uma surpresa abrir a caixa do correio e ver o seu postal.
Como não falamos há anos, pensava até que se tivesse esquecido de mim.
Lembra-se da última vez em que estivemos juntos? Foi há uma meia dúzia de anos, no miradouro do Vale do Inferno, quando o Jorge veio lançar a construção da então chamada Ponte Europa. E nesse dia o Jorge disse que dali a um ano voltaria a Coimbra para inaugurar a obra.
Não veio - e eu até o desculpo pela falha. É que não havia nada para inaugurar; nem dali a um ano, nem dali a dois anos, nem dali a três anos. Compreendi a sua ausência.
Quando recebi agora o postal pensei que o Jorge iria dizer alguma coisa sobre isso. Mas não; o Jorge fala-me do Victor Baptista e pede o meu voto para a candidatura do seu amigo. Não leve a mal, Jorge, mas não lhe vou fazer a vontade. Não, não voto no Victor.
Como o Jorge não veio cá dizer nada sobre a ponte, agora é a minha vez de também fazer o que me dá na gana. Ficamos quites.
Na expectativa de que a sua próxima comunicação não demore tanto como esta última, apresento-lhe os melhores cumprimentos.
Contramestre