Uma prendinha para o EMOUSE - o blog mais intelectualmente honesto da Península Ibérica e arredores...
Cante a guerra quem for arrenegado
Cante a guerra quem for arrenegado,
Que eu nem palavra gastarei com ele;
Minha Musa será sem par canela
Co'um felpudo coninho abraseado.
Aqui descreverei com arreitado
N'um mar de bimbas navegando à vela,
Cheguei, propício o vento, à doce, àquela
Enseada d'Amor, rei coroado.
Direi também os beijos sussurrantes,
Os intrincados nós das línguas ternas,
E o aturado fungar de dois amantes.
Estas glórias serão na fama eternas;
Às minhas cinzas me farão descantes
Fêmeos vindouros, alargando as pernas.
Manuel Maria Barbosa du Bocage