quinta-feira, julho 28, 2005

Diário das Trapalhadas ( ou como anda no ar um cheirinho fétido a impunidade e Pró-Confusão)

A Câmara aprovou, segunda-feira, um projecto de arquitectura para construção de um edifício junto à sede da Pró-CAC, sita no largo de João Paulo II, tendo o pedido sido apresentado pela Académica/OAF na qualidade de accionista daquela instituição. A chefe da Divisão de Estruturação e Renovação Urbana interveio no processo assinalando que o projecto foi apresentado na sequência de uma deliberação camarária que, em Setembro de 2002, aprovou uma proposta de acordo entre a autarquia e a Pró-CAC. A informação remetida ao executivo municipal alude à requerente como se da Pró-CAC se tratasse, embora o pedido de deferimento do projecto tenha sido apresentado pela Académica/OAF.
Aurélio Lopes, ex-presidente da Académica e accionista da Pró-CAC pôs a hipótese de a Administração da Pró-CAC, sem conhecimento dos accionistas, já ter vendido à Académica/OAF o património confinante com o largo de João Paulo II e a rua de Alexandre Herculano.
O presidente do clube e administrador não executivo da Pró-CAC, José Eduardo Simões, é director de urbanismo da Câmara de Coimbra, pelo que a informação prestada pelo arquitecto Artur Costa foi apreciada pela chefe da DERU, Conceição Pinheiro, embora tenha sido endereçada ao titular da Direcção Municipal de Administração do Território. Segundo Artur Costa, ”aparentemente, a posição técnica mais fácil” consistiria na rejeição de qualquer construção, “mantendo a leitura visual existente e a imagem criada e materializada ao longo de dezenas de anos”. (R.A. in C.P.)