A minha opção

Na vida, como nesta "coisa" das políticas, há sempre quem faça tudo para que falemos deles. Põem-se em bicos de pés e não entenderão nunca que cargo ou nome algum dia darão estatuto. Esse constrói-se, quase sempre a pulso, e não se herda ou compra. Passaram uma vida inteira a ouvir falar de valores, quantas vezes enchem a boca com bons princípios, mas não os reconhecem e muito menos os praticam. Têm comportamentos estranhos, quantas vezes injustificáveis, por vezes até bizarros, pensando que são mesmo muito importantes e imprescindíveis. Como se de imprescindíveis não estivessem os cemitérios cheios. A verdade é que só são importantes porque lhes damos importância e enquanto falarmos deles ou dos seus actos. Bem ou mal. Principalmente mal. Mas, o melhor contributo que podemos dar à sanidade da nossa acção cívica é pura e simplesmente ignorá-los. Por maiores que sejam os disparates que façam ou digam. E por muito que nos custe não lhes dar uma bela estocada. Eu é que escolho os meus adversários, bem como os locais, os momentos e as armas dos confrontos. Nunca por nunca lhes voltarei a dar o prazer do contrário. E eu prefiro-os com carácter. Porque, em boa verdade, o desprezo é insuportável para os que não o têm. E, esse sim, ser-lhes-á mortal. Politicamente falando, claro!

Esta será a minha opção.

Maló de Abreu