sexta-feira, junho 17, 2005

As leituras do velho

Por muito alto que nos coloquemos para julgar a nossa época, nunca será tão alto como o historiador futuro; a montanha onde pensamos fazer o nosso ninho de águia não passará para ele dum ninho de toupeira; a sentença que demos à nossa época figurará entre as peças do nosso processo. Em vão tentaremos ser o nosso próprio historiador: o próprio historiador é personagem histórica.
Jean-Paul Sartre, in 'Situações II'

6 comentários:

Anónimo disse...

Vejo que o meu amigo percebeu que dizer duas coisas é sempre melhor do que dizer só uma, mesmo quando essas duas são a mesma, como é o caso nesse prodígio sintáctico que é “ Em vão tentaremos ser o nosso próprio historiador: o próprio historiador é personagem histórica." é altura de dizer que o encenador tem direito à indignação.

Resta-lhe o consolo de adormecer e poder sonhar com a sua livraria ideal.

Que tal encenar um diálogo entre um paciente e o seu médico, construindo uma parábola sobre um problema muito grave da sociedade portuguesa que incomoda bastante...por exemplo, as aventuras e desventuras de umas eleições autárquicas no ano 2005...ou outra qualquer desde que ponha lá muitos nus a correrem na praia.


Anónimo da Silva, in 'C'um carago tanta coltura'II

Já agora, porque é que o meu amigo não concordou que as nossas caravelas partissem à Descoberta de Novos Mundos?

Anónimo disse...

Conchita Morales

Terra do fogo
No sul da Argentina
Oito da matina e um frio de rachar
Sai a patrulha para militar
Estendendo a roupa toda remendada
Usada pelos seus irmãos
Sonha com um tango
Dançado com as mãos
Conchita Morales
Viu los federales
E logo ali temeu
Pelas lindas formas que sua mãe lhe deu
Anda Conchita
Carita bonita
Vais ter de agradar
Ao senhor militar
Ela não sabia
Se era noite ou dia
Se ainda chovia
Quando acordou
No chão da caserna onde ele a deixou
Ela andou cansada
Rota e usada
Pela tropa que lhe traçou
Negro destino que ela abraçou
Anda Conchita
Carita bonita
A vida não espera
Tu foge daí
Em Buenos Aires
são seis de la tarde
Conchita anda a trabalhar
Tem outras bocas para sustentar
Conchita Morales
Viu los federales
Garbosos e não resistiu
Mandou todos à puta que os pariu
Anda Conchita
Carita bonita
Dá-me a tua mão
Viva a revolução


letra: Tim
música: Xutos & Pontapés

Anónimo disse...

Conchita Morales

Terra do fogo
No sul da Argentina
Oito da matina e um frio de rachar
Sai a patrulha para militar
Estendendo a roupa toda remendada
Usada pelos seus irmãos
Sonha com um tango
Dançado com as mãos
Conchita Morales
Viu los federales
E logo ali temeu
Pelas lindas formas que sua mãe lhe deu
Anda Conchita
Carita bonita
Vais ter de agradar
Ao senhor militar
Ela não sabia
Se era noite ou dia
Se ainda chovia
Quando acordou
No chão da caserna onde ele a deixou
Ela andou cansada
Rota e usada
Pela tropa que lhe traçou
Negro destino que ela abraçou
Anda Conchita
Carita bonita
A vida não espera
Tu foge daí
Em Buenos Aires
são seis de la tarde
Conchita anda a trabalhar
Tem outras bocas para sustentar
Conchita Morales
Viu los federales
Garbosos e não resistiu
Mandou todos à puta que os pariu
Anda Conchita
Carita bonita
Dá-me a tua mão
Viva a revolução


letra: Tim
música: Xutos & Pontapés

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

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