O MISTÉRIO DA CARTA

1. O vereador Vilar diz ter recebido uma carta em correio azul e em envelope da Câmara de Coimbra, convidando-o para a apresentação do livro de Santana Lopes, "Figueira, a minha terra";
2. Vilar acusa Encarnação de fazer campanha com os serviços camarários e de má fé, ao ter-lhe enviado o convite apenas a ele e com o remetente escrito à mão;
3. Encarnação garante que nada foi enviado e propôs a realização de um inquérito para apurar responsabilidades, solicitando a entrega da carta aos serviços e encarregando Manuel Rebanda de providenciar todos os actos necessários;
4. Vilar recusou, porque diz não confiar no Presidente da Câmara, nem nos funcionários e vai entregar a dita ao DIAP;

O PORTA-AVIÕES apresenta, em primeira mão, as conclusões do inquérito interno na CMC:
a) A carta era dirigida à Academia do Bacalhau na pessoa do seu presidente, tendo quem a remeteu confundido Luis com Horácio e Vilar com Antunes;
b) Ficou provado que, sendo o correio azul, a origem da carta não é obviamente laranja;
c) Ouvidos os funcionários camarários, todos afirmaram não saber escrever remetentes à mão, mas tão só em computador;
d) Decidiu-se propôr à vereação a compra de 5.000 exemplares do livro em questão, para se ter a certeza absoluta que o título é "Figueira, a minha terra", dado que pode confundir-se facilmente com "Foz, o meu Rio";
e) Finalmente, iniciaram-se diligências no sentido de apurar se o vereador Vilar foi ou não à apresentação do livro e se, no caso de tal ter acontecido, foi portador de exemplares para Batista e Fausto, entregues no Trianon pela calada da noite;