quinta-feira, fevereiro 10, 2005

ASSIM SIM!

Porque ainda há jornalistas e gente séria neste País, a nota da direcção do Público merece aqui destaque. Para que conste:
Quinta-feira, 10 de Fevereiro de 2005
A notícia "Cavaco Silva aposta em maioria absoluta do PS" suscitou um conjunto de reacções que obrigam aos seguintes esclarecimentos e correcções:
1. É verdade, como se lê na nota enviada pelo antigo primeiro-ministro à Agência Lusa, que este não fez "qualquer declaração ou comentário sobre o processo eleitoral em curso". A notícia do PÚBLICO, que procurava enquadrar a recusa de seu envolvimento nesta disputa eleitoral relacionando-a com as eventuais ambições presidenciais, vinha a ser trabalhada há várias semanas e resultou do cruzamento de várias fontes. Foi paginada naquele dia porque o tema das presidenciais entrara na véspera na campanha eleitoral. Contudo, ao falar das intenções de Cavaco Silva sem que este tivesse tomado qualquer posição pública, a notícia permitia um desmentido nos termos do de ontem.
2. A direcção editorial do PÚBLICO reconhece que fez uma má escolha do título de capa ao optar pela expressão "aposta em", expressão ambígua a meio caminho entre o "prevê" e o "apoia". Deste caso também retira que se devem respeitar os silêncios dos políticos: as convicções jornalísticas sobre as suas intenções ou desejos, mesmo as melhor fundamentadas, devem ser apenas objecto de textos de análise ou de comentário. Ao fazer delas título de primeira página o PÚBLICO errou. Pelo facto pede desculpa aos leitores.
A Direcção Editorial