Põe sempre os nomes aos bois
nas histórias que contares.
Ou logo os burros depois
se queixam de os retratares:
«Mas são as minhas orelhas!
Este azurrar é o meu!
Se estas são minhas guedelhas!
Ai este burro sou eu!
Não me nomeie ele embora,
toda a Pátria vai agora
saber-me por burro, hin-hã!
Ai que eu, hin-hã, hin-hã!»
- Quiseste a um burro poupar
logo doze hão-de zurrar.
(Heinrich Heine, in Bom Conselho)
segunda-feira, setembro 04, 2006
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